Araranguá está ampliando os horizontes rumo a um centro de inovação na cidade. A Associação Empresarial de Araranguá e do Extremo Sul do Estado (Aciva), participou no final dessa semana de uma reunião com o secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Luciano Buligon. Na oportunidade foi assinado um protocolo de intenções para a implantação do espaço. A reinvindicação já é antiga e vai alavancar a economia da Amesc como um todo.
O presidente da Aciva, Beto Sasso, explica a importância desse primeiro passo. “Nós já estávamos trabalhando há algum tempo para tentar trazer um centro de inovação para a região do Vale do Araranguá, assim como já tem em Criciúma. O primeiro passo era a assinatura de um secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, no caso o Luciano Buligon e a assinatura do prefeito Cesar Cesa, formalizando uma carta de intenções. A boa notícia é que conseguimos realizar esse primeiro passo e agora vamos seguir acompanhando a secretaria de Desenvolvimento do Estado. Faremos também essa ponte do poder público com as universidades, que têm sido muito participativas na questão da inovação no município e região e a Aciva representando as empresas”.
Polo universidades
Beto Sasso destaca a força de Araranguá como um polo universitário. “Faz alguns anos, não só a Aciva, mas também outras entidades, entenderam que uma das vocações da cidade poderia ser a questão do ensino, principalmente o superior. Conseguimos trazer UFSC, IFSC, Unesc, Unisul e alavancar a FVA que é uma universidade local. Então nós temos diversas instituições de ensino superior aqui na nossa cidade. Conseguimos também, posteriormente, alguns cursos que vieram para região voltados à inovação, à engenharia e ao agronegócio, então são cursos que realmente podem alavancar a cidade. O momento agora é de formação desses alunos e muitos estão indo para grandes empresas no Brasil e exterior. Temos que aproveitar essa mão-de-obra, fazer com que fique na nossa cidade e região. Por isso, temos que dar oportunidade para esses alunos. Nossa ideia é com o centro de inovação trazer empresários, atrair essas cabeças pensantes e unir ao poder público. Então o espaço nada mais é do que um local onde vamos reunir essa tríplice hélice. Objetivo é fazer com que os profissionais empreendam aqui e tenham oportunidade de emprego e, consequentemente, irão trazer o desenvolvimento para a nossa região. Acreditamos que essa vai ser a grande mola propulsora para o Extremo Sul que muitas vezes ficou para trás de outras regiões do Estado”.
O presidente da Aciva afirma que um dos desafios agora é procurar um local adequando. “Temos uma incubadora já em funcionamento e uma lei aprovada há alguns anos em Araranguá para isso. A ideia é ampliar esse leque. Trazer também uma aceleradora, uma pré-incubadora e até mesmo empresas já estabelecidas aqui, tudo isso e um mesmo local. Precisamos encontrar um local e já estamos tratando com o governo do Estado. É preciso de um local que haja espaço para a construção de um centro de inovação e ao redor desse espaço, haja possibilidade de ampliação para uns 15 anos. Outras empresas vão querer estar nesse mesmo espaço, as próprias universidades vão querer estarem próximas, então o foco é encontrar esse local”.
E por último ele fala sobre a expectativa com relação a prazos. “A ideia e termos um projeto aprovado, pois sabemos que esse é um ano eleitoral e não sabemos quem vai estar à frente do estado no ano que vem. Os centros de inovação são uma política desse atual governo. Então como eu disse vamos deixar encaminhado com projeto e local para quem sabe em 2023, 2024, termos um centro de inovação funcionando aqui na Amesc.