A tabela de frete para transporte de cargas por caminhões, publicada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) como parte do acordo para o fim paralisação da categoria está fora do padrão, afirma o ministro Blairo Maggi. Informa também que a tabela deve ser readequada.
“Depois que saiu a primeira tabela, ao fazer as contas para ver o quanto ia custar, esse negócio ficou fora de qualquer padrão de controle subindo até duas vezes, duas vezes e meia um frete. Procuramos a ANTT para entender qual o critério em que foram feitas essas contas e eles chegaram à conclusão de que era preciso apurar mais isso”, disse.
A tabela com os preços mínimos dos fretes cobrados por empresas de transporte rodoviário e caminhoneiros autônomos foi publicada na semana passada, no Diário Oficial da União. Segundo o ministro, um frete que custava R$ 5 mil passou para R$ 14 mil.
O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins da Silva, também criticou a tabela da ANTT. Segundo ele, se a tabela não for revista, a CNA poderá ir à Justiça questionar a legitimidade da medida. “Se continuar assim, vai inviabilizar”, disse. “O bom senso não prevaleceu. O que é bom senso? É que seja bom para os dois lados. Não só para os caminhoneiros e ruim para o produtor”.
Martins disse ainda que os preços praticados com a atual tabela vão encarecer os produtos para os consumidores. As informações são da Agência Brasil.