Após atuar entre 2005 e 2015 como procurador da República em Criciúma, Darlan Dias tomou posse, nesta segunda-feira (2), como procurador-chefe do Ministério Público Federal em Santa Catarina. A posse ocorreu durante cerimônia realizada na Procuradoria Geral da República (PGR), em Brasília.
“É uma função administrativa e devo fazer com que o máquina Ministério Público funcione redondo para que os procuradores possam fazer bem seu trabalho. O Ministério Público em Santa Catarina é relativamente grande, são 41 procuradores, 450 servidores, 15 sedes e um orçamento de R$ 13 milhões ano. Então é uma função para fazer essa estrutura funcionar bem para a sociedade”, explicou Dias.
Nos últimos anos, o Ministério Público ganhou espaço em função das investigações de desvios na gestão pública. “Esse é um trabalho que cabe ao Ministério Público e nos últimos anos tem tomado uma proporção grande por dois fatores. Primeiro porque a corrupção é um fato muito disseminado na administração pública. E segundo que tivemos um procurador-geral que concluiu o mandato agora que estruturou o Ministério Público para fazer esse combate a corrupção”, esclareceu o procurador.
Para o procurador-chefe, o Ministério Público tem liberdade para avançar no trabalho sobre investigação de corrupção no setor público.
“Eu acredito que a sociedade é vigilante, então qualquer tentativa de tolher os instrumentos de fiscalização e atuação dos órgão de controle, dentre eles o Ministério Público, será rechaçado pela sociedade. Claro que nós temos a responsabilidade de fazer o trabalho com sobriedade e sem espetacularização”, afirmou.
Dias falou sobre a troca no comando da Procuradoria Geral da República de Rodrigo Janot para Raquel Dodge. “Conheço a Raquel Dodge, acho que é uma excelente procuradora. Tenho expectativa de que faça um bom trabalho. São personalidades diferentes. A Raquel é mais discreta, mas vai ser tão firme quanto Janot, eu acredito”, esclareceu.
Sobre a Operação Lava Jato em Santa Catarina, Dias afirmou que há ações em Santa Catarina. “Já existem alguns desdobramentos, Santa Catarina é um destino do dinheiro, há um desdobramento, mas não posso dar detalhes”, afirmou.
Para Dias, não há possibilidade, por enquanto, de ampliação da atuação e estrutura do MP em Santa Catarina. “Agora a gente vive um momento diferente. O Ministério Público tem uma estrutura muito boa, mas vivemos um aperto orçamentário. Nossa realidade hoje não é de expansão, mas de contensão. Nosso desafio é fazer mais com menos dinheiro”, finalizou.