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Tencati satisfeito com os avanços do Criciúma

Mas o treinador reconheceu que ainda há o que melhorar pensando na estreia contra o Londrina

Por Denis Luciano Criciúma, SC, 09/04/2022 - 18:45 Atualizado em 09/04/2022 - 19:35
Foto: Vitor Filomeno / 4oito
Foto: Vitor Filomeno / 4oito

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Virtudes admitidas, dificuldades idem. Ou seja, um Cláudio Tencati realista avaliou a vitória deste sábado (9), 1 a 0 sobre o Aimoré no amistoso que fechou a preparação do Criciúma visando a estreia na Série B, na próxima quinta-feira (14), diante do Londrina, no Heriberto Hülse. "Podemos não estar encantando. Esse início mais irregular, mas ajustando, lá na frente teremos um time competitivo", garantiu o técnico tricolor.

Tencati observou que o Criciúma se ajusta com a competição em andamento. "Sabíamos que teríamos jogador chegando, o prejuízo de já entrar na competição, se tivesse estreado ontem ou hoje, não teríamos o Thiago Alagoano, talvez o Marquinhos no banco, não sei se o Negueba estaria em condições de estrear", afirmou. "O fato de não estarmos competindo, de começar uma temporada adversa. Jogadores com mais ritmo, como Rayan e Cristovam, mas que precisam criar afinidades com a equipe. Por isso que fizemos as substituições", avaliou.

O técnico apontou alguns casos de jogadores. "Preciso dar minutagem ao Marquinhos. Já temos o desenho claro do 4-2-3-1, dos jogadores que podem começar e entrar, mas precisava ter esse medidor, Marquinhos, Negueba, Cristovam, Rayan, Lucas que foi muito bem, além de marcar, jogou. O Bilu que vem mantendo uma performance individual positiva", ponderou. 

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Ele não se esquivou de apontar uma das dificuldades apresentadas pela equipe diante do Aimoré. "Se falar de performance coletiva, na zona dos três médios ficamos um pouco mais lentos e amarrados. O Arilson marcou bem mas na hora de construir estava mais amarrado, mais lento, tanto que não era para sair no intervalo, mas sentiu um desconforto nas costas", informou. "O Rodrigo não estava previsto, o Marcelo Hermes também, mas sentiram a parte física e tivemos que mexer. No segundo tempo o time começou a se descaracterizar", completou.

Ele deixou claro que já tem em mente a base de time que deverá estrear quinta-feira no Brasileiro. "O Aimoré jogou nos nossos erros. Tivemos dificuldades para armar. Mas eu vejo o mais importante de a gente ter uma ideia de base que pode começar diante do Londrina, e qual formatação", salientou.

O time da estreia

Tencati reconheceu que o time que entrou em campo contra o Aimoré é uma ideia da equipe que enfrentará o Londrina. "Ela pode ser uma base, mas a gente está percebendo as afinidades, as parcerias, o processo do ritmo de jogo, o quanto que podem suportar. Iniciar ou não iniciar. Quantas investidas o Aimoré teve em cima do Criciúma, mínimas e quando teve, de transição. O Criciúma marcou forte, marcou alto", avaliou.

Mas o técnico tentou ser discreto e não fornecer detalhes para municiar os adversários. "A construção que ficou um pouco mais prejudicada por fatores que não posso estar falando. Não posso explicar as questões da equipe, o Londrina está de olhos e ouvidos abertos, outros também. No geral a construção foi um pouco mais lenta, restrita, amarrada, mas está em função dos ajustes que temos que fazer", disse. "A ideia central a gente já tem para o jogo contra o Londrina", emendou.

Muito ainda a arrumar

"Vai ter muita coisa para arrumar ainda. Temos uma base que precisa ser a melhor competitiva possível, entre atacar e defender" afirmou Tencati. "Vimos quais atletas tem condições de começar, os que jogarão parte, os que terão que ser substituídos, esse ajuste será durante a competição", registrou. "Eu já sei da bronca que é para nós. Eu tenho que ajustar, jogando. As outras equipes fizeram isso", refletiu.

Ele lembrou um aspecto importante, de que os adversários se ajustaram durante os Estaduais, oportunidade que o Criciúma não teve. "O Brusque fez a estreia com o Guarani mas terminou sendo campeão estadual. Ele tem um ajuste ideal, como foi Guarani, Bahia, Cruzeiro, Vasco, Vila Nova, nós não, nós temos um jogo de referência, contra o Goiás, e depois os amistosos", observou.

"E com atletas chegando. Vai ajustar agora. Tenho que idealizar uma equipe para vencer os dois jogos em casa e esse melhor vai ser na terceira ou quarta rodada", disse.

Menos preocupado

Embora ainda evidenciando dificuldades, Tencati reconheceu que hoje está menos preocupado do que estava, por exemplo, quando do primeiro jogo-treino, contra o Glória de Vacarina. "Menos preocupado. Contra o Glória a gente tinha uma estrutura mais frágil, uma equipe mais restrita, hoje temos alternativas, claro que não todos 100%, preciso equalizar quais são que estão aptos para fazer essa intensidade que vai ser o Brasileiro, competir em alto nível, quais poderão encorpar a equipe", avaliou.

Daí, o treinador desfiou elogios para jogadores por setores e as alternativas que ganhou. "Ali na frente ficou claro vários que poderão começar. Na defesa começa Rayan, Zé Marcos, a competitividade. O Cristovam equilibra a lateral direita com o Claudinho. No meio ainda precisamos de ajustes. Se a gente comparar com o jogo do Glória, a gente tinha equipe restrita, se tivesse que mudar, era preocupante", sublinhou.

"A gente vem nesse processo, ora um jogo pontual como o do Nova Iguaçu para passar. Depois contratamos dois chegando em cima da hora, Negueba e Serrato, o Serrato em quatro dias foi para o jogo com o Goiás", lembrou. "Jogando pingando, chegando, ausente, lesionou, esse é o processo. Estamos fazendo o possível para equilibrar isso", emendou. "Vocês acham que o Marquinhos tem condições de iniciar 90 minutos num 4-2-3-1? Vamos ter que ter alguém para correr por ele. O Negueba está em evolução. Todos eles vão viver esse processo", completou.

Evitou falar de Caio Dantas

O Criciúma tem até terça-feira, quando fecha a janela da Série B, para anunciar a contratação do atacante Caio Dantas, artilheiro da Série B de 2020 pelo Sampaio Corrêa e que está verbalmente acertado. "Eu não falo do atleta enquanto não é apresentado. Já vi situações de que é roubado no meio do caminho, é desviado, já aconteceu comigo. E o jogador não chega. Tive um caso recente aqui no Criciúma", contou.

"Temos dois, um atacante e um zagueiro, contratados, e tomamos bolo, mesmo jogadores com compromissos, apalavrados, um tinha documento, e no fim o cara disse que não vinha. Se não quer vir, mesmo que com pré-contrato, não venha. Eu prefiro aguardar, sei dos potenciais dele, hora que ele se apresentar a gente fala dele, mas todo mundo sabe da capacidade dele", emendou.

Ouça a entrevista coletiva no podcast:

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