O técnico Cláudio Tencati gostou do que viu do Criciúma na estreia da temporada, quando venceu o Marcílio Dias por 2 a 0 pela Recopa Catarinense. Para o treinador, o time esteve organizado defensiva e ofensivamente e não correu riscos na partida.
Veja o que disse o técnico do Tigre:
Presença da torcida
"Exaltar a presença do torcedor nesse momento importante, no início da temporada. Um estádio praticamente cheio. Diante de um dia chuvoso, e ficou 21h30 o horário do jogo. Claro que atrapalha um pouquinho para o torcedor. Aqueles que trabalharam no outro dia, mas se empenharam em estar aqui nos apoiar. Então começamos juntos e bem, graças a Deus."
Sobre a postura do time em campo
"Com relação à vitória, futebol, eu até falei pros atletas: 'se vamos jogar bem ou encantar, não é o momento. No momento a gente precisa vencer'. Porque, diante das vitórias, vêm as essências daquilo que vai construir uma equipe. Os elos da positividade, da força de equipe. E vai gerando um ambiente favorável pra você construir realmente uma unidade de equipe. Mas também veio ao encontro a base com que a gente permaneceu. É por isso que eu escolhi iniciar com a base do ano passado. Já tem uma afinidade, tem um entendimento da parte tática. A gente pode ver que o time estava até organizado em campo. Alguns momentos não, mas na maior parte do tempo, sim, organizado defensivamente e ofensivamente. Achou soluções pra um jogo complicado no início. Importantíssima essa vitória. Importantíssimo para dar esse pontapé inicial para temporada. A gente tinha uma preocupação sobre como a equipe iria se comportar. Não fizemos nenhum jogo-treino. Não fizemos nenhum coletivo de campo aberto que pudesse dar uma dimensão do que poderíamos esperar da equipe. Mas eu acredito que a equipe se focou bem. Dar parabéns aos atletas e ao compromisso deles desde o dia 28 que se apresentaram aqui, o profissionalismo deles. Isso que tornou possível da gente fazer esse jogo hoje. E a equipe render e ser campeã nesse momento. Pra dar esse pontapé inicial positivo na temporada."
As estreias de Kayzer e Barcia
"A gente já tinha conversado com eles e sabíamos que poderiam ter um pouco mais de dificuldade, pelo modelo de jogo que a gente tem, as alternâncias de sistema. Não é qualquer atleta que entra e já vai cair com uma luva para jogar. Mas a gente entende que os dois tiveram um bom comportamento. O Renato sendo um desafogo para nós ali. Boas jogadas. Foi uma pena aquela bola que escapou dele lá, que poderia ter sido até o terceiro gol. Um passe do Jonathan pra ele. Mas estava muito focado nos processos já. Então já tiveram um entendimento importante. O Barcia ainda um pouquinho ali ainda na dúvida. Quando ele pressiona no corredor e quando ele fecha o meio. Então é questão de tempo. Vai adaptar. Mas com a bola todo mundo viu que sabe jogar. Pensa o jogo inteligente. Quando o adversário está pensando em fazer uma marcação, ele já está escapando. Agora é um ajuste também fisicamente. O próprio Barcia chegou um pouquinho mais abaixo e ele tende a evoluir. A gente acredita muito que essa evolução física vai complementar para a parte tática. E a eficiência que ele tem, como o Fellipe Mateus, destro, mesma aplicação, a mesma disciplina, a mesma técnica, a mesma competitividade. Espero que ele continue dessa forma."
Quando o time estará no ápice físico
"Se a gente falar de 18 dias de trabalho, com o grupo todo, porque você tem os exames, tem os períodos, é impossível. Você só vai ganhar o ápice físico treinando e jogando. Não existe você construir um ápice físico em uma pré-temporada. Quem disser isso é mentira. Os atletas estão em processo de evolução ainda. Todos. O próprio Fellipe Mateus, no ano passado, quantas vezes saiu de campo? Raramente. Agora tem uma adaptação física ainda, uns ajustes. Todos eles têm um processo a ser ajustado, como é taticamente, como é tecnicamente. A evolução vai ser jogo a jogo. Às vezes vai ter atletas que vão ter que esperar um jogo para recuperar bem, para estar bem para o próximo e evitar lesões. Então esse ápice físico ser lá para a sexta, sétima rodada."
A saída de Eder no intervalo
"A questão do Éder é que ele sentiu que embolou um pouquinho a posterior. O placar estava 2 a 0 no intervalo, não iríamos arriscar, já que tem jogo sábado. Então optamos por não dar continuidade a ele para não ter nenhum risco de lesão. Mas não foi lesão, não."
O que esperar de Marquinhos Gabriel
"Eu acredito que ele está afim. Ele quer. Ele mesmo se demonstrou muito comprometido com a causa, nas próprias férias dele. Ele interrompeu um período para já se preparar, está se cuidando demais, sabe que é um ano importante para ele, um ano em que ele quer ser um dos protagonistas da equipe. Ele sabe que ele tem essa condição pra fazer isso e tudo que ele fez hoje é mérito dele. Nós não tivemos palavrinha mágica nenhuma, acredito que era dar confiança e ele fazer aquilo que ele faz de melhor. É um pouquinho mais que ele sabe que ele tem que dar, que é aquela competitividade que ele sabe que precisa fazer. Aí ele se torna diferente."
Eder para a sequência da temporada
"Ele vai fazer uma preparação diferente, até porque ele se apresentou um pouco mais tarde e o utilizamos pelo entendimento dele que ele tem da parte tática, o nome, porque pesa contra os seus adversários que jogam aqui, todos nos sabem. Quando você tem ali um trio ofensivo como a gente teve hoje ali, Marquinhos Gabriel, ele e o Viseu, isso tem um peso pra quem se defende lá. Os caras ficam a toda hora preocupados. O Eder tem um peso violento pra nós. Ele vai ter que fazer um processo de rodízio. Em alguns momentos, um jogo fora, vem para jogar o outro, daqui a pouco descansa mais um, então ele precisa de intervalos maiores pra recuperar. Nós sabemos disso, temos essa ciência. Por isso que buscamos jogador com característica igual a dele, como o Kayzer, que tem uma característica muito próxima do Éder, justamente pra suprir essa necessidade. A gente já tem uma definição com ele, um plano e, agora, cabe a ele estar junto com a gente e seguir em frente."
Aproveitamento da base
"Nós vamos inserir jogadores como já inserimos. Nós trouxemos da Copa São Paulo dois atletas a toque de emergência, o Eliedson (volante) e o Erick (zagueiro), até pela necessidade. Mesmo tendo o Mina aqui, mas a gente poderia correr um risco. Daqui a pouco machuca alguém e não tem ninguém no banco como zagueiro. Com a desclassificação lá, ficaram jogadores à disposição. A gente colocou também o Eliel jà hoje no banco de reservas, e o Kauã, porque o Alisson está com desconforto muscular. A gente deve trazer mais atletas também. O Adriano (atacante de lado) deve ser um desses atletas. Ali na lateral direita a gente está fazendo uma definição também de mais um atleta. Estamos observando no geral, mas fixo ali a gente já tem já o Erick, nós vamos ter o Eliel, o Eliedson e o Adriano. Nós temos um menino que está voltando de um processo de empréstimo também, que daqui a pouco vai ser falado a respeito dele, que é da base também. A gente acredita que teremos ali de oito a dez garotos integrados junto ao profissional. Agora, tudo depende deles, né? Eu tenho falado que não depende de mim, depende deles, o rendimento deles diário, aquilo que eles vão entregar para nós. E se nós entendermos que eles estiverem entregando coisas positivas, boas, estão com confiança, vai jogar. Já disse para eles que não tem idade, a idade não limita. Vai depender muito deles, porque a competitividade dentro da equipe também vai ser grande. O patamar que a gente está fazendo de contratações, o nível ele é alto. Quem está na base tem que ter calma, porque nem tudo vai acontecer na velocidade que a gente quer. Espero que algum atleta se sobressaia."