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“Tenho certeza que ele faria tudo de novo”, diz mãe do Soldado Esmeraldino

Mãe do policial baleado no assalto ao Banco do Brasil fala da angústia e do tratamento do soldado. Campanha busca ajudar na construção de espaço para tratamento de Esmeraldino

Por Marciano Bortolin Tubarão, SC, 20/06/2021 - 13:18
Fotos: Divulgação
Fotos: Divulgação

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Quem disse que heróis não precisam de ajuda!? Um em especial, daqueles chamados “heróis da vida real”, tem ao seu lado hoje a mãe. 

Desde dezembro do ano passado, Sandra Aparecida Nunes, deixou tudo de lado para cuidar do policial militar Jefferson Esmeraldino, baleado durante o assalto ao cofre do Banco do Brasil de Criciúma. 

Com os relatos de Sandra, pode-se dizer que os papéis se inverteram após a tragédia: antes, o rapaz dedicado e preocupado, que perdeu o pai muito cedo, tomava conta da mãe. Agora, é ela que cuida dele, ao passar a maior parte do tempo ao lado da cama onde ele está, ajudando a levá-lo às consultas, entre tantas outras coisas. Uma mudança completa da vida dela e de toda a família. “Ele sempre foi um filho abençoado, querido, estudioso. Sempre o melhor aluno da sala. Não estudou mais porque não teve condições. Sempre ajudando dentro de casa, organizado, preocupado comigo, defensor da família, um filho que toda mãe gostaria de ter. Tenho certeza que se fosse para fazer de novo ele faria, pois cumpriu o seu juramento pela farda”, afirma.

“É como se saísse um filho e voltasse outro”

A dor de Esmeraldino foi do ferimento no abdômen, provocado pelo disparo da arma de um dos assaltantes. De Sandra, a dor foi a possibilidade de perder um filho. Uma dor que a levou às consultas com psiquiatra e no consumo de medicamentos, o que continua até hoje, seis meses depois do ocorrido. “Hoje tomo remédio para depressão porque devido ao que aconteceu eu tive um distúrbio, a minha pressão subiu muito, eu gritava dia e noite, perdi muito peso e meu marido me levou ao psiquiatra e faço uso de medicamentos para encarar esta nova realidade. É como se saísse um filho e voltasse outro. Ele é o oposto do que era. A batalha é todos os dias. Não tem como evitar”, revela.

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Sandra lembra de quando recebeu a notícia e dos pedidos feitos a Deus. “Não está sendo fácil, mas com vitórias e agradecendo a Deus porque eu pedi a Deus que me desse ele de volta quando eu vi que poderia perdê-lo. Me ajoelhei em frente à UTI e pedi que me desse de volta que eu iria cuidar e eu sou muito feliz com ele. Tenho muito orgulho de ser mãe dele. Um filho maravilhoso, estudioso que sempre se preocupou com o próximo, com a sociedade. Queria ser socorrista, sempre quis ser, está no sangue dele. Tivemos a batalha na UTI, no quarto, nos deslocamos e moramos praticamente dentro do hospital, fizemos tudo para trazê-lo para casa. Hoje vimos ele em uma cama, somente piscando, sem nenhum estímulo. Para nós é sofrido ver isso e não poder dar um conforto melhor para ele porque não temos condições. Somos assalariados, precisamos comer, tomar remédio. O Estado fornece à equipe, alguns medicamentos, é o que eles podem nos oferecer, porque ele é um policial que estava na guerra e veio ferido”, fala.

Um pelotão a favor de Esmeraldino

Sandra conta que as despesas aumentaram muito devido ao tratamento ao Soldado Esmeraldino, que hoje é realizado em sua casa e lamenta não poder dar um conforto melhor. Por isso, junto com a 6ª Região de Polícia Militar de Criciúma, promove uma campanha para a construção de um espaço para melhorar este atendimento.

O Pelotão da Solidariedade já conseguiu os projetos para a construção de um edicula nos fundos da casa da mãe do soldado em Tubarão, e agora busca angariar materiais de construção e mão-de-obra. “Além da Polícia Militar, a iniciativa envolve a sociedade civil, voluntários e conta com a participação de várias pessoas, inclusive da construtora Audax de Criciúma e pessoas de Tubarão. Identificamos junto à família, a necessidade de um espaço mais adequado para que o soldado pudesse ter segurança e conforto durante o tratamento médico residencial e por isso foi sugerido pela própria família a construção de uma edícula, então começamos a nos engajar com policiais, engenheiros e arquitetos para dar  ideia de um projeto. Identificamos através de um voluntário a empresa Audax como parceira e foram apresentados os projetos e a empresa adicionou seu conhecimento para atualizar as informações como memorial descritivo, projeto arquitetônico, elétrico, quantitativo de materiais, entre outros”, conta o comandante da 6ª Região de Polícia Militar, Coronel Evandro Fraga.

A mãe de Esmeraldino diz que as despesas aumentaram. “Aumentou a despesa em tudo, da higiene, energia, entre outros. “A nossa casa é às margens da estrada, não tem proteção nenhuma e muitas pessoas sabem que aqui tem um policial ferido e eu prezo pela segurança, por isso queremos colocá-lo mais para trás e dar mais conforto.Vamos abrir um portão para que a ambulância vá até os fundos da casa pegá-lo e não pegá-lo na chuva, como acontece para consultas, como já aconteceu quando precisamos levá-lo para consultar. Que a gente possa dar um conforto melhor com a construção deste quarto de UTI com banheiro, cozinha, até para a equipe que vem cuidar dele, porque eles trazem a comida, precisam aquecer e mais adiante vão precisar ajudá-lo em uma papinha. Vai ser um quarto fechado”, salienta Sandra, acrescentando que tudo é feito de forma transparente e tudo que for arrecadado e investido será divulgado.

Como ajudar:

Banco: Caixa Econômica Federal
Agência: 0425
Conta Poupança: 935972616
Dígito Verificador: 3 Tipo: 1
Responsável pela conta: Sandra Aparecida Nunes - CPF: 966.611.789-49
Mãe do Soldado Esmeraldino
Chave Pix: 96661178949

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