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O Tigre segue com sobrevida nesta Série B, mesmo após o empate frustrante contra o Paraná, em 1 a 1, na última terça-feira no Heriberto Hülse. O torcedor carvoeiro certamente ainda lamenta aquela defesa do goleiro paranista na bicicleta de Foguinho, passando os 40 do segundo tempo, que decretaria uma vitória heroica de virada do Tigre na partida.
Sem tempo para lamentações, o Criciúma mantém remotas chances de escapar do rebaixamento, após a derrotada do Londrina na noite de quinta-feira, 22, por 4 a 1 para o São Bento, em Sorocaba. A vitória dos paulistas deixou tudo absolutamente embolado no Z-4. Londrina, São Bento, Criciúma e Vila Nova têm 36 pontos.
A secação nesta sexta-feira é contra o Figueirense, que enfrenta o CRB, às 19h15, no estádio Rei Pelé. Os alagoanos ainda têm pequenas chances de acesso. Se o Figueira conseguir um empate, mantém-se na Série B e rebaixa as quatro equipes atualmente no Z-4.
Se o Figueira perder, o Tigre precisa vencer o Oeste na rodada final e torcer por nova derrota do Figueirense, que joga em casa contra o Operário, e que o Londrina não vença o Guarani em casa e o São Bento não bata o América Mineiro, no estádio Independência.
Fala, Nassif
O comentarista do Timaço da Rádio Som Maior, João Nassif, falou ao Portal 4oito na quinta-feira sobre a situação delicada do Tigre nesta Série B. Na avaliação de Nassif, esse provável rebaixamento começou muito antes da temporada 2019.
“A temporada 2019 foi a cereja do bolo de um processo de desintegração do Criciúma, que já vem há algum tempo. A gestão Jaime Dal Farra iniciou um processo degenerativo. É um presidente centralizador e que não tem a mínima condição de tocar o futebol. Não adianta, como fez nesse ano, trazer Maringá, Gilson Kleina, reconhecidos numa Série A de campeonato Brasileiro, se não os der autonomia pra trabalhar. O Maringá não teve recursos pra fazer contratações de peso que pudessem dar ao Criciúma um estágio diferente. Falta de recursos, degringolada de departamentos - médico, psicólogo, fisioterapia, nutricionistas -, tudo isso acabou definhando e o reflexo é direto no futebol dentro de campo. Os jogadores tem mínima parcela de culpa, sim, mas eles estavam sem perspectiva de que pudessem ter um respaldo maior por parte da direção”.
