Dentre as oito equipes que estariam na segunda fase da Série C, o Tigre tem o pior ataque. Foram 15 gols marcados em 15 jogos, média de um por partida. Melhorar o aproveitamento ofensivo tem sido um dos desafios dePaulo Baier, conforme exposto pelo técnico em colerivas.
Ao longo desta semana, o técnico focou no trabalho de finalização para melhorar o índice de gols marcados. Baier lamentou, especialmente, a derrota contra o Paraná, quando o Tigre produziu na reta final da partida, apesar de ter apenas quatro conclusões no primeiro tempo.
"Nessa semana a gente trabalhou muito finalização e parte ofensiva. É trabalhar o dia a dia, melhorar as conclusões, não podemos errar tanto quanto erramos contra o Paraná", avisou o técnico em coletiva concedida na manhã desta sexta-feira, 10.
Na Série C, o melhor ataque é do Ypiranga, líder geral da competição, que fez 25 gols; na sequência vem o Novorizontino, vice-líder geral, com 21, e Manaus e Ituano, com 20.
À frente do Tigre, entre as oito melhores equipes, estão ainda os ataques de Paysandu, 17 gols, Volta Redonda, 18, e Tombense, 19. Em relação à defesa, os índices do Tigre não são tão melhores assim: entre os oito melhores times da competição, o Criciúma é o terceiro que mais tomou gols, 14, ao lado do Ypiranga, e à frente apenas de Manaus, pior defesa com 22, e Ituano, 15 gols sofridos.
Sobre o sistema defensivo, Paulo Baier tem cobrado maior atenção dos jogadores. "Contra o Paraná, entramos muito desligados. Os gols que tomamos, e eu mostrei aos jogadores em vídeo, a bola estava no nosso pé. Não podemos entregar a bola ao adversário, tem que ter mais atenção e foco. Acredito que já foi corrigido, na segunda mostramos aos atletas e esta semana está sendo muito boa. Eles entenderam que precisam evoluir", disse o técnico na coletiva.
Apesar do mau desempenho ofensivo, o Tigre está desde o começo da Série C entre os quatro primeiros no Grupo B e precisa apenas de uma vitória contra o Botafogo, neste sábado, às 19h, para confirmar a classificação antecipada à segunda fase.
A falta de gols, aliás, não tem sido exclusividade do Criciúma de Paulo Baier. O Tigre terminou o Catarinense com o pior ataque, com apenas seis gols marcados em 11 jogos, média pouco acima de 0,5 gols por jogo.
Desempenho dos técnicos
Com Hemerson Maria, o Tigre marcou três vezes em oito partidas, menos de um gol a cada dois jogos. Com Wilsão, que assumiu o time na reta final do Catarinense, foram quatro gols em cinco jogos. Baier é o único que atinge média de um gol por partida: 19 em 19 jogos.
Somando Copa do Brasil, Catarinense e Série C, Paulo Baier e Hemerson Maria têm saldos de gols negativos: com Baier o Tigre marcou 19 e sofreu 20, enquanto com Maria foram oito gols sofridos e apenas três feitos. Wilsão é o único que mantém diferença positiva: time fez quatro gols e tomou três.