A preocupação com a crise na saúde gerada pela pandemia do coronavírus é grande em todas as cidades, porém chegou o momento de pensar no futuro, no pós-pandemia, já que a crise não é somente sanitária, mas também econômica.
Na Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec), este olhar no futuro já é amplamente discutido, inclusive com a participação da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), que irá desenvolver o Plano de Desenvolvimento Pós-Pandemia. O debate sobre o tema ocorreu na sede da associação a realização do plano foi aprovada pelos prefeitos.
A pró-reitora de Planejamento e Desenvolvimento Institucional da Unesc, Professor Gisele Coelho Lopes, diz que a universidade iniciou um processo de reflexão com parlamentares em evento online realizado na última semana e que também foi procurada pelo presidente da Amrec, prefeito de Treviso, Jaimir Comim (PP) para verificar no que a entidade pode ajudar na retomada da economia.
Região na vanguarda
Ela revela que o plano contempla 14 semanas e passa por sete etapas. “É um processo que vai colocar a região na vanguarda no sentido de se preparar neste momento que chegou convocando movimentos diferentes, tomada de decisões mais assertivas e políticas públicas direcionadas para atender as demandas regionais e também enxergar as possibilidades para o futuro. Por mais que pandemia trouxe um desconforto por conta da restruturação econômica e social que ela impõe, ao mesmo tempo traz oportunidades para deslumbrar avanços e novos setores proporcionando condições de emprego, renda e o desenvolvimento regional”, enfatiza.
Gisele destaca que a receptividade dos prefeitos foi boa e todos motivados em colaborar em prol do desenvolvimento regional. “É um momento que requer engajamento coletivo porque sabemos que sozinhos não vamos a lugar nenhum e a universidade se coloca como catalizadora de todos estes movimentos que visam a integração dos interesses de todos os municípios em prol do desenvolvimento da região”, informa.
Participação de todos
A pró-reitora fala que o plano vai além da participação somente dos órgãos públicos, envolvendo diversos outros segmentos. “Precisaremos envolver todos os atores, o setor produtivo também se envolverá neste plano. Não tem como pensar sem considerar os principais eixos econômicos que movem a região. Setor público, entidades de classe, sindicatos, comunidade, é pensar todos os setores que visam o desenvolvimento sustentável. É um plano integrado”, relata.
Metas a serem estipuladas
Para fazer o planejamento, explica Gisele, é preciso definir qual o recorte temporal que se dará. “Tudo vai depender da expectativa que os envolvidos terão para desenhar este projeto. Então não se trata de quem está desenvolvendo o plano, que neste caso tem a universidade está sendo a mediadora, estabelecer este recorte. É natural que a gente perceba que todos os planos desenvolvidos nos últimos 10 anos têm encurtado o seu período temporal justamente pela velocidade que as coisas se modificam. A tecnologia imprimiu uma velocidade maior nas ações, nos investimentos, então quando se está fazendo em plano de desenvolvimento você precisa olhar para o tempo. Quanto tempo eu tenho para desenvolver. A definição do que será curto, médio e longo (prazos), será acordado por todos os envolvidos no projeto”, cita.