Os trabalhadores da Cooperminas iniciam um movimento na busca por receber os pagamentos atrasados. Eles realizaram uma reunião na sexta-feira, 3, e uma no sábado, 4, para articular as próximas ações. “Quem deveria passar as informações corretas para nós era a diretoria ou o Sindicato de Forquilhinha, mas a gente não tem informações de um lado nem de outro. Nos reunimos para dar um basta nisso, pois desde 2017 a mina parou. Quem toca a Cooperminas são os cooperados”, comenta o mineiro, Célio Roberto.
O trabalhador comenta ainda que há muitos pagamentos atrasados. “Além disso, outras coisas pendentes. Nos reunimos para fazer um movimento para reivindicar o que é de direito nosso. Chamar um juiz para ver como vai ficar a situação, fazer um leilão da mina, uma recuperação judicial para ver o que podemos fazer. Já faz muito tempo que não é tomada uma providência referente a atual situação da empresa Cooperminas”, cita.
Ainda segundo ele, são muitos os mineiros que aguardam um desfecho para a situação. “Somos muitos mineiros que ainda tínhamos um sonho de conseguir se aposentar naquela empresa, onde muitos de nós tivemos nossos sonhos e projetos de vida cancelados. Não foi culpa nossa de deixarem a empresa chegar nesse ponto. Foram as pessoas que administravam de forma irregular sem experiência de conduzir uma empresa do porte que era a Cooperminas. Muitos não perderam só o emprego, mas sim casa carros e o mais bem precioso a própria família pela situação que isso ainda está acontecendo”, finaliza.
A Cooperminas foi interditada pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) em 2017.