Trabalhadores e ex-funcionários da Carbonífera Criciúma realizam na manhã deste sábado, 1º, um protesto pedindo pela falência definitiva da empresa, que segue em recuperação judicial. A mobilização teve início na Praça da Chaminé, na Próspera, e seguirá até a praça em frente a Igreja Universal, no centro da cidade.
Entre as reivindicações dos trabalhadores, está o pedido de pagamento de todos os funcionários, que aguardam o fim do processo para receberem. Ainda no ano passado, a Carbonífera Criciúma conseguiu reverter a falência que havia sido decretada em 2019, entrando novamente em recuperação judicial.
“Essa cidade foi construída pelos mineiros, que agora estão sofrendo desse jeito. Quem trabalhou lá ia trabalhar sem saber se voltaria vivo. Cometem essa injustiça com a gente porque Criciúma virou uma terra sem lei, porque se tivesse lei já teríamos sido pagos. Somos honestos, trabalhadores”, pontuou Jairo Lima, ex-trabalhador da Carbonífera.
De acordo com o mineiro Adenor Cabral, o sentimento é de indignação para os trabalhadores. Há seis anos sem receber, muitos dos ex-funcionários da empresa estão desempregados e temem pelo não recebimento de seus créditos, com a recuperação judicial da Carbonífera em andamento.
“Esse pessoal trabalhando esses anos todos, esperando algo da justiça que favoreça os mineiros, os trabalhadores da mina que dedicaram o seu sangue. Muitos faleceram lá embaixo, muitos faleceram esperando essa decisão, então fazemos um apelo para que os mineiros possam usufruir desse dinheiro que é de direito deles”, declarou Jennifer Mourão, esposa de mineiro.