A administração do aeroporto de Jaguaruna pretende anunciar novidades em 2020. A ideia é tornar o espaço apto para o voo de cargas, além de ampliar as rotas comerciais, mesmo com o insucesso do período de teste da linha que liga o Sul catarinense a Porto Alegre: está na mira da RDL uma rota direto para Guarulhos, de acordo com o diretor comercial, André Constanzo.
"Podemos anunciar voos que estávamos em negociações no ano passado. Ainda estamos no aguardo dos incentivos fiscais e tributários, que seja exigida uma contrapartida que as companhias possam atender. A lei estadual do ano passado foi impossível de ser atendida. Quem conseguiu foi o estado de São Paulo. Para este ano, o governo de Santa Catarina está indo atrás disso através da secretaria da Fazenda", anunciou André.
"Acho que tem uma demanda reprimida e a companhia que vier operar vai sair satisfeita", acrescentou o diretor comercial. Segundo ele, a Latam e a Gol já demonstraram interesse em assumir essa nova rota. A expectativa é de que ela seja anunciada ainda no primeiro semestre deste ano.
Para o segundo semestre, a administração do aeroporto aguarda a liberação de verbas do governo do Estado para o alargamento da pista de pouso e decolagem. Atualmente com 30 metros, o projeto é ampliá-la para 45 metros e assim viabilizar os voos de transporte de carga. De acordo com André, essa é uma demanda real do aeroporto de Jaguaruna.
"Existe a procura, pela posição estratégica de Jaguaruna, que define o DNA natural dele para ser de cargas, porque está em volta de vários modais de transporte, o rodoviário, ferroviário e de portos marítimos", afirmou. Não está descartada a possibilidade de voos internacionais nesse sentido. "Uma empresa que conversa conosco é um grande player internacional. Pode começar a operar nacionalmente e depois pode passar para voos internacionais", apontou.
Um orçamento anterior para o alargamento da pista era de R$ 10 a 15 milhões. Posterior ao alargamento, terá que ser construído um terminal próprio para as cargas. "Após ter o ambiente propício (de pista), provavelmente as companhias que serão operadoras apresentarão as demandas. Pode ser de carga leve, pesada, depende do que eles acham conveniente", esclareceu André.
"Requer o recurso, mas assim que tenha finalizado o processo e tenha a sinalização do dinheiro, será feita a licitação. Não é uma obra demorada, acho que se conseguisse sinal positivo no segundo semestre deste ano, poderia ser concluída em três a quatro meses a partir disso", falou o diretor sobre o tempo estimado para que o alargamento da pista seja colocado em prática.