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Três são condenados pelo duplo homicídio de casal de Içara

Paulo César Raichaski e Solange de Lima Vargas foram mortos em Canoas, no Rio Grande do Sul

Por Vanessa Amando Canoas, RS, 28/02/2019 - 06:16

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Em sessão do Tribunal do Júri da Comarca de Canoas, no Rio Grande do Sul, encerrada na manhã dessa quarta-feira, dia 27, após 20 horas de julgamento, três homens foram condenados pelos assassinatos de Paulo César Raichaski e Solange de Lima Vargas, casal de Içara, além de outros crimes. As vítimas foram mortas em 26 de agosto de 2015, em Canoas, após serem atraídas para uma emboscada e torturadas e mantidas em cativeiro. Os corpos foram encontrados carbonizados dentro de um automóvel.

Com o veredito dos jurados, as penas dos réus foram definidas pela Juíza de Direito Betina Mostardeiro Mühle de Constantino. Os três foram condenados por duplo homicídio triplamente qualificado e associação criminosa armada, sendo que João Marcelo Dias também foi condenado por receptação e teve pena de 46 anos e meio de prisão; já Diego Ribeiro também foi condenado por extorsão, recebendo pena de 40 anos, quatro meses e 15 dias de reclusão; e Everton Machado de Borba recebeu a condenação de 45 anos e meio de reclusão. Todos deverão cumprir a pena em regime inicial fechado.

O crime

A denúncia do Ministério Público (MP) apontou que o principal articulador dos crimes teria sido um homem que morreu no decorrer da instrução do processo. Outros dois homens – um também já falecido e outro que está foragido desde a época do fato – também teriam participado da trama. Conforme o MP, a causa dos assassinatos foi a insatisfação do articulador com as negociações com Paulo César Raichaski pela compra de uma casa no Balneário Rincão. O primeiro tencionava fazer parte do pagamento mediante a entrega de um carro, condição que a vítima, corretor de móveis, não aceitou.

O homem, então, sugeriu que Raichaski fosse a São Leopoldo (RS) para que fechassem o contrato. Alegando problemas com o próprio veículo, o suposto comprador pediu que a vítima fosse buscá-lo em casa para, então, irem ao tabelionato. No local do encontro, o casal – Solange de Lima Vargas acompanhara o marido na viagem – foi neutralizado, espancado, roubado e mantido preso por algumas horas. Levadas a Canoas, as vítimas foram colocadas dentro de um automóvel para serem queimadas. A necropsia identificou a carbonização como causa da morte.

O comparsa já falecido era apontado como ajudante direto do articulador na preparação dos crimes, inclusive recrutando os demais envolvidos mediante a promessa de recompensa com dinheiro. Enquanto as vítimas estavam no cativeiro e até mesmo depois de serem mortas, foram feitos saques e compras com os cartões delas. O casal deixou dois filhos.
 

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