A fase é das mais complicadas no Atlético Tubarão. Em crise financeira, com salários de jogadores e comissão técnica atrasados, o elenco fez um protesto inusitado no treinamento desta sexta-feira, 28, no estádio Domingos Gonzales. Os atletas utilizaram os coletes virados do avesso no decorrer da atividade.
O técnico Pingo, em solidariedade ao elenco, manifestou apoio na entrevista coletiva. "Eu estou trabalhando com atletas profissionais. É a maneira de se manifestarem. Tem o nosso apoio, sabemos a dificuldade que eles estão passando. Fico feliz por trabalhar com esses atletas, são profissionais, pensaram única e exclusivamente no clube Tubarão, torcedor e imprensa. De maneira alguma passou pela cabeça dos atletas fazerem greve, estão trabalhando demais, estão de parabéns, honrando a camisa do clube", apontou.
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Mesmo com as dificuldades, Pingo garante foco total no compromisso da próxima segunda-feira, 2, quando o Tubarão recebe a visita do Avaí, em jogo decisivo na luta para fugir da zona de rebaixamento no Campeonato Catarinense. "Infelizmente o momento que o clube atravessa, os jogadores são os mais prejudicados. Ficamos tristes, mas o importante é que nossa equipe trabalhou muito, estamos preocupados com o jogo do Avaí, fizemos todos os trabalhos necessários, principalmente na parte tática, alguns ajustes. A equipe está bem e preparada", observou.
Questionado sobre a falta de informações pela diretoria em relação aos pagamentos em atraso, Pingo insistiu no foco no trabalho. "No momento estamos somente trabalhando. Infelizmente não temos notícias, é uma coisa que nos deixa um pouco tristes, mas como falei, estamos defendendo o Tubarão, a gente tem família, a gente sabe que os torcedores estão do nosso lado", observou. "O Tubarão é muito forte, temos que nos preocupar com o Tubarão", arrematou o técnico.
Assista abaixo a entrevista coletiva com o treinador do Tubarão.