O Sul de Santa Catarina é um celeiro de cases turísticos e gastronômicos. Para evidenciar esse potencial, mais de 40 instituições, entre empresas privadas e Poder Público, estão unidas para dar andamento ao Plano Municipal de Turismo de Criciúma. O Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) tem participado ativamente desse processo, que teve início em 2022.
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"Nós fizemos um primeiro levantamento, porque o nosso objetivo é resgatar tudo que foi construído até o momento e dar continuidade. Não fazer um papel de 'esquece o que passou'. Nós estamos legitimando o plano anterior, que tinha uma validade de 2019 a 2022, e adequando às necessidades", afirma Aislan Hainzenreder, coordenador educacional do Senac.
O Plano Municipal de Turismo deve conter as execuções para o setor em Criciúma. Após finalizado, o documento passa pela Câmara de Vereadores e vira lei. Com ele, a cidade pode participar de ações do Ministério e, portando, conseguir verbas e ter acesso a políticas públicas voltadas ao segmento.
"Muitas pessoas de Criciúma não conhecem a Mina de Visitação, o Parque Astronômico... Nós temos muitos atrativos e estamos desenvolvendo juntos, tanto com o Poder Público, quanto com o privado, para chamar a atenção dos turistas, mas, principalmente, do povo criciumense, porque a gente deve conhecer o que é nosso", afirma a presidente da Associação das Micro e Pequenas Empresas de Criciúma (AMPE), Adriana Marquezine.
O coordenador educacional do Senac ressalta a importância do fortalecimento do trade turístico - empresas do segmento, administração municipal e patrimônios históricos. "O estado tem que cumprir seu papel, a sua obrigação, mas, aqui em Criciúma, é a hora do setor privado abraçar essa causa", complementa o presidente da Fundação Cultural de Criciúma (FCC), Joster Favero.
"A gente não vai pensar no turismo isoladamente. Nós temos potencialidades na nossa região que a gente tem que trabalhar em conjunto. Nova Veneza, Treviso, Siderópolis, Praia Grande... Temos uma regionalidade. O empresariado tem que abraçar e trabalhar. A maioria dos leitos de hotéis, 90%, estão em Criciúma", acrescenta o empresário criciumense.
Qual a cara de Criciúma?
Segundo a representante das agências de viagens no planejamento do turismo de Criciúma, Nara Casagrande, o município é visto, de fora, como um destino corporativo. "A gente quer montar um roteiro, com toda uma estrutura de guia, que é muito carente na cidade ainda. O meu papel é montar isso para atrair turistas de outros locais para cá", detalha.