A Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc) entrega na tarde desta sexta-feira, 5, o plano de desenvolvimento da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec). Desenvolvido por profissionais já há meses, o plano estabelece projetos que visam integrar os municípios da região como um todo, em prol de melhorias no turismo, mobilidade urbana e muito mais.
Ao todo, de agosto até dezembro do ano passado, foram realizados 72 encontros virtuais com prefeitos e outras autoridades para a composição do plano. O projeto contou com a digital de mais de 2 mil pessoas - todas voltadas a trabalhar para o desenvolvimento integrado da região.
“Tivemos 25 objetivos estratégicos, todos eles alinhados aos objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU. Desses 25, tivemos 10 projetos estratégicos que foram desdobrados em 272 ações, distribuídos em 10 anos, e que se retratam em três grandes categorias”, destacou a pró-reitora da universidade, Gisele Coelho.
Uma das categorias são os projetos icônicos, aqueles destacados como um anseio da sociedade para os 10 anos, alinhado às características regionais que precisam ser valorizadas.
“São eles: turismo integrado, uma prioridade, sistema regional integrado de ciclovias, algo muito aclamado pelas pessoas e voltado ao quesito qualidade de vida, e plano diretor regional, uma visão estratégica e de orientação sobre o território e tudo que será feito nele”, ressaltou a pró-reitora.
Há também os projetos estruturantes, que visam valorizar o desenvolvimento socioeconômico regional pelos próximos 10 anos. Entre eles, está o plano de mobilidade urbana integral. “As cidades estão crescendo, é necessário pensar na questão da cadeia logística para fazer com que a produção do setor produtivo se beneficie e que as pessoas também consigam viver melhor”, pontuou Gisele.
A Assistência social, a gestão de promoção de saúde, o fortalecimento dos principais setores da economia e a educação e retenção de talentos são outros planos traçados pela universidade para a Amrec. Este último, inclusive, surge por conta de uma demanda analisada na região.
“Foi identificado uma evasão significativa de mão de obra para outros territórios, porque as pessoas não percebem o território como atrativo para circulação de carreiras. Isso foi sinalizado com um projeto estruturante necessário para poder fazer com que a mão de obra qualificada fique na região e a valorize”, afirmou.
O terceiro bloco de destacado do plano de desenvolvimento da Amrec é o de projetos estratégicos, denominado “projetos portadores de futuros”. “Consideramos que esses projetos estão todos alinhados às tendências internacionais, que apontam a inovação como eixo transversal”, reforçou.