Desde que assumiu o Twitter, no início de novembro, Elon Musk tem sito alvo de comentários ao criar uma certa “confusão” na plataforma. Primeiramente, o bilionário demitiu metade dos funcionários e tentou recontratar alguns deles posteriormente. Internautas comentam que as principais ideias que ele vem tentando implementar aparentam ser sugestões aleatórias de usuários da própria rede social.
Apesar de parecer perdido, a publicitária e especialista em cultura digital, Ale Koga, não acha que Musk não saiba o que está fazendo. Para ela, esta é uma estratégia do bilionário. “Sabe quando a gente vê uma rede social, em que o dono resolveu assumir o controle, então ele responde do jeito que ele quer, fica tudo desordenado e a gente não sabe o que está acontecendo?! Eu não acho que esse seja o caso do Elon Musk, porque ele deve saber muito bem o que está fazendo”, frisou.
Faz três semanas que Musk oficializou a compra do Twitter e iniciou uma série de mudanças. Para o público que acompanha “de fora”, a impressão é de que, realmente, o empresário não saiba o que está fazendo. “A princípio parece que sim, mas eu não acho que ele seja tão inexperiente ao ponto de tratar dessa forma. Eu acredito que deva ter uma estratégia muito maior. Ele é movido pelo caos, é movido pelas polêmicas”, ressaltou a publicitária.
Da mesma forma, alguns funcionários que não foram demitidos resolveram sair por conta própria. “Quem se identificar com a cultura atual da empresa vai ficar e, quem não se identificar, ou vai sair, ou ele vai demitir. É oito ou 80, não tem meio termo”, explicou Koga. “Eu acredito que a estrutura do Twitter já esteja bem sedimentada, se ele precisar aumentar a capacidade, é como se a base já estivesse pronta, ele só precisa potencializar aquilo e amplificar o que já funciona”, acrescentou.
Uma frase que o próprio Elon Musk twittou resume o que, provavelmente, está se passando: “Observe que o Twitter fará muitas coisas estúpidas nos próximos meses, vamos manter o que funciona e mudar o que não funciona”. Apesar disso, a especialista em cultura digital concluiu que, com uma empresa com a proporção do Twitter, Musk não pode ficar “brincando de microgerenciamento”, senão, realmente vai acontecer o que está sendo comentado.