Os trabalhos não param nos três pavimentos – térreo, primeiro andar e segundo andar – da maternidade do Hospital Materno-Infantil Santa Catarina (HMISC). Ainda não são as mães e os bebês que circulam nos corredores, por enquanto a movimentação é de martelos, serras, lixas e pincéis. Muitas mãos que colocam em prática um dos grandes sonhos de Criciúma e região.
“Essa é a maior obra de cunho social que o Governo do Estado vai deixar para a Região Sul. E não digo apenas em questão de estrutura, mas sim de custeio. Serão R$ 3 milhões investidos todos os meses a partir de dezembro”, comenta o secretário estadual de Saúde, Acélio Casagrande.
Continuidade garantida
O gestor garante que, após tantos anos com o prédio pronto, equipamentos guardados e tentativas frustradas de fazer funcionar a ala materna do HMISC, dessa vez nada impedirá que os serviços estejam à disposição das mulheres.
“Não foi fácil e ainda não é fácil, é um assunto no qual estamos todos os dias vencendo obstáculos. Mas já deixamos o orçamento para o custeio do ano que vem e não tem mais como algum governo não levar em frente o serviço”, afirma o secretário. “Seria um crime contra a sociedade e o patrimônio público que essa maternidade não permanecesse aberta”, complementa.
Inauguração em dezembro
No começo de setembro, em visita às instalações da unidade hospitalar, o governador Eduardo Pinho Moreira projetou que no início de novembro as obras estariam prontas. Atualmente, a expectativa é de que no final do próximo mês os serviços estejam finalizados.
“A conclusão das obras nós mantivemos para novembro, mas depois tem a limpeza e higienização de todas as alas, então vamos fazer de tudo para que esteja inaugurada no começo de dezembro”, coloca Casagrande.
A mesma expectativa tem o diretor geral e técnico do HMISC, Leon Iotti. Ele acredita que no Natal os partos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Criciúma aconteçam no Santa Catarina. “Eu quero estar segurando o bebê no colo”, afirma o gestor que é, também, pediatra.
Obras estão 70% concluídas
Entre reformas e ampliações, as obras na maternidade estão 70% concluídas. A Central de Material Esterilizável (CME) é a que tem os serviços menos adiantados, com 55% de conclusão, mas ainda essa semana o trabalho deve ter o ritmo acelerado.
“Nós estamos retirando os dois aparelhos de ar condicionado central do lugar onde eles estavam e vamos colocar com o auxílio de dois guindastes em cima de uma estrutura construída especialmente para isso. Depois que eles saírem de onde estão, poderemos cobrir o teto da CME, isso deve ocorrer já nesta quinta-feira (amanhã)”, comenta Iotti.
“A cada semana que passa a gente vê a diferença. Quem entra e vê as obras ainda não consegue imaginar, mas são detalhes que estão sendo finalizados. Também se vê muito material e móveis nos corredores, mas eles estão aguardando para quando as salas estiverem prontas”, explica o diretor geral.