A Unesc é a nova Entidade Executiva dos Comitês de Bacias Hidrográficas do Sul de Santa Catarina, abrangendo as Bacias dos Rios Araranguá/Mampituba, Urussanga, Tubarão e Complexo Lagunar. A instituição teve seu projeto aprovado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), no Programa de Fortalecimento dos Comitês de Bacias Hidrográficas, por meio do Edital de Chamada Pública FAPESC nº 32/2022.
Após um primeiro contato nas assembleias gerais ordinárias realizadas em dezembro, a Universidade recebeu membros das diretorias dos Comitês Urussanga e Tubarão para promover uma aproximação inicial da reitoria e equipe de trabalho, bem como oficializar o novo momento para os comitês. Posteriormente, o mesmo contato também será realizado com a diretoria do Comitê Araranguá.
Para a pró-reitora de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão da Unesc, Gisele Coelho Lopes, esse projeto está alinhado com a missão da universidade, que é promover a qualidade e a sustentabilidade do ambiente de vida. "Acreditamos que o diálogo é o que orientará nosso trabalho ao longo destes dois anos. A Unesc será a facilitadora deste processo e trabalhará junto com os comitês na busca de alternativas em prol da efetividade na governança das bacias. Em 2023, faremos na Unesc o lançamento efetivo do Programa com os comitês e municípios envolvidos, afim de que possamos convidar as forças vivas da sociedade para dialogar sobre a temática da água, um recurso tão importante e necessário nos tempos atuais e futuros", acrescenta.
O trabalho futuro
Com a aprovação, pelos próximos dois anos, uma equipe atuará com objetivo de dar suporte administrativo, técnico e científico para que os três comitês do Sul de SC se fortaleçam, promovendo uma maior participação social, e para que, fundamentalmente, consigam implantar os instrumentos de gestão hídrica na região. Processo esse voltado à efetiva gestão e governança da água na região hidrográfica do Sul de Santa Catarina, uma das mais problemáticas do Estado no que diz respeito a problemas de disponibilidade hídrica, tanto em temos de quantidade quanto em qualidade.
Como instituição interveniente e nova Entidade Executiva dos comitês, a Unesc manterá seu núcleo administrativo do projeto sediado no IParque, contando também com o aporte técnico-científico do IPAT, por meio de seus técnicos. O levantamento de dados sobre as águas subterrâneas nas três bacias atendidas será uma das contribuições do instituto. No desenvolvimento e execução das ações, estão previstas também a participação e envolvimento dos cursos de graduação e os programas de pós-graduação.
A novidade, com a escolha das Entidades Executivas dos comitês por edital Fapesc, também se torna um marco, pois pela primeira vez a chamada pública direcionou esse processo aos pesquisadores de Instituições de Ciência, Tecnologia e Inovação (ICTIs) Catarinenses públicas ou privadas sem fins lucrativos.
"Além do papel já tradicionalmente desempenhado na questão de administração, acompanhamento e formação dos comitês, agora adiciona-se também o aspecto da produção de conhecimento, sobretudo com ênfase tanto na questão dos recursos hídricos superficiais, quanto subterrâneos. Tudo com base na perspectiva da missão da universidade: 'Educar, por meio do ensino, pesquisa e extensão, para promover a qualidade e a sustentabilidade do ambiente de vida'", salienta o coordenador geral do projeto, Carlyle Torres Bezerra de Menezes, professor e pesquisador vinculado ao Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais e ao Curso de Graduação em Engenharia Ambiental e Sanitária.