Mais uma tarde em que a demora foi o assunto mais falado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Próspera.
Com pacientes esperando atendimento por até quatro horas, a reclamação mais recorrente foi sobre como tratar determinados pacientes, em que claramente alguns precisavam mais de atendimentos que outros que foram chamados primeiro. "Eu percebi neste tempo em que a gente ficou lá que muitas pessoas que passaram na frente poderiam ter esperado mais do que minha mãe. Acho que o pessoal da triagem tem que ficar mais atento com isso, em quem tem mais prioridade". Este é um relato de uma pessoa que não quis se identificar e foi até a unidade acompanhada de sua mãe de 71 anos, que estava sofrendo de náuseas e enjoos.
Segundo a mesma pessoa, a prioridade da UPA não da de ser entendida, colocam pulseiras verdes em casos mais urgentes, e amarelas para outros, mas sempre os amarelos são chamados primeiro. "Entendo as urgências, mas sei que muitas não são urgências. E acho que uma senhora com 71 anos passando mal precisa ser preferência", completa.
Nesta última segunda-feira (11), mais de 380 atendimentos foram registrados e a previsão para esta terça-feira é de que não abaixe. Segundo o vice-presidente do Instituto Maria Schmidt, que é o gestor da UPA, Ricardo Ghellere, a obrigação é de três médicos. "A gente não tem explicação para isso, aumentou a procura de uma maneira absurda. Temos a obrigação de entrar com três médicos, mas eles não estão dando conta. No contrato prevíamos uma média de 200 atendimentos por dia, tivemos 380 ontem e provavelmente hoje, então fica difícil".