A morte de alguns macacos por febre amarela no Estado, trouxe de volta a necessidade de vacinação contra a doença. A vacina pode ser tomada em qualquer unidade de saúde municipal que tenha salas de vacina. Pessoas acima de 9 meses de idade e menores de 59 anos são a faixa etária para tomá-la. Pessoas com mais de 60 anos podem ser vacinadas, desde que apresentem uma declaração médica.
Desde 2018, o estado de Santa Catarina passou a ser área recomendada para a vacinação. De acordo com a enfermeira técnica do setor de imunização de Criciúma, Kely Barp Zanette, o Ministério da Saúde fez uma compra expressiva de vacinas. “A aquisição foi feita para que não faltem vacinas nos anos de 2021 e 2022. Temos vacinas suficientes em estoque”, declara. Para ela, é necessário um conjunto de ações para a prevenção e ressalta casos de óbitos no estado. “Além da vacinação é preciso cuidado com a limpeza de locais que podem ser foco do mosquito da dengue, que também é transmissor da febre amarela. Ano passado dois homens não vacinados e dentro da faixa etária da vacina morreram pela doença”.
Não foram registrados casos confirmados em humanos na cidade de Criciúma no último ano, somente um em uma cidade vizinha. É recomendado fazer a vacina com 10 dias de antecedência se a pessoa for viajar para outro lugar.
Casos de macacos mortos pela febre no estado
Segundo a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), em uma coleta de informações feita em 93 municípios do estado no ano de 2020, de 1.032 macacos suspeitos de morrerem de febre amarela, 13% foram confirmadas, 6% foram descartadas, 63% não foram detectadas causas e 18% estão sob investigação.
“O macaco é considerado um animal sentinela. Monitorando os casos suspeitos deles, podemos verificar como anda a propagação do vírus na região. Eles servem como um alerta”, conta a médica veterinária Mayara Vieira Tizatto, do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). A última vez que um macaco foi encontrado morto na cidade foi em setembro de 2019, porém não foi possível identificar a sua causa morte, pois estava em avançado estado de decomposição, impossibilitando a coleta de material biológico para a realização de análises laboratoriais.
Se o morador avistar um animal morto ou que aparenta estar doente, ele pode entrar em contato com o Centro de Zoonoses pela ouvidoria 156 ou pelo número (48) 3430-0698. Após isso, os profissionais vão até o local, em até 24 horas, para a coleta de dados.
O transmissor
O vírus é transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti, o mesmo da Dengue, Chikungunya e Zikavírus. Ele se propaga com mais frequência no verão pois o mosquito prefere locais com temperaturas elevadas para se proliferar. O animal coloca ovos na superfície de recipientes com água parada.
O recomendado é fazer vistorias e limpezas frequentes em locais onde o mosquito pode depositar seus ovos.