Na terça-feira, 19, a Petrobras informou que não conseguiu atender a todos os pedidos de fornecimento de combustíveis para o mês de novembro. Segundo a empresa, as solicitações teriam sido acima da capacidade de produção. As distribuidoras, por sua vez, viram nessa informação um risco de desabastecimento no país.
No ramo há 39 anos, o empresário Beto Benedet, proprietário de dois postos de gasolina em Criciúma, falou que está “bastante preocupado”, pois trabalha com uma commodity que depende de apenas um fornecedor. Segundo ele, o mercado está “muito instável. Não tem como prever o risco do desabastecimento. O custo tem subido muito, até em função do alto aumento do álcool, que é 27% do volume da gasolina na bomba de combustível”. Para ele, não há o que fazer para se prevenir e há chance de mais aumentos no preço da gasolina.
Vale lembrar que, caso se confirme essa possibilidade levantada pelas distribuidoras de combustível no país, o Brasil não será o único que teve este tipo de problema. O Reino Unido sofreu com a escassez no fim de setembro, registrando até brigas e confusões em filas de postos de gasolina.