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VASCO À VENDA: 777, dona da SAF, enfrenta problemas judiciais nos EUA

Empresa também é dona do Genoa (Itália) e do Hertha Berlim (Alemanha)

Por Redação Criciúma, 07/10/2024 - 15:00 Atualizado em 07/10/2024 - 15:04
Josh Wander, da 777, em jogo do Vasco. Foto: Leandro Amorim/Vasco
Josh Wander, da 777, em jogo do Vasco. Foto: Leandro Amorim/Vasco

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O site norueguês "Josimar Football" trouxe novas informações sobre a 777 Partners, que foi afastada judicialmente do controle da SAF do Vasco desde maio deste ano. A empresa americana enfrenta processos judiciais e agora está sob a gestão da A-CAP, encontrando-se à beira da falência. Como resultado, a A-CAP colocou todos os clubes de futebol sob sua administração à venda, mas está enfrentando dificuldades em encontrar investidores.

De acordo com a reportagem, a A-CAP decidiu vender até um luxuoso iate, denominado 777, que pertencia a Steven Pasko, um dos sócios-fundadores, por US$ 1,8 milhão (R$ 9,8 milhões). Além disso, um jato particular avaliado em US$ 20 milhões (R$ 109 milhões), utilizado pelos executivos em viagens, também está à venda.

Clube de Futebol

Os ativos da 777 no futebol estão agora sob controle da A-CAP, que tem conversado com o Vasco em busca de novos investidores para o clube carioca. A empresa requisitou um estudo de viabilidade para a venda de todas as equipes de futebol que possui.

Recentemente, o CEO do Genoa, Andrés Blazquez, já havia compartilhado informações semelhantes em uma reunião com os dirigentes da equipe italiana. Ele, indicado pela 777, afirmou que a divisão esportiva do grupo está se encerrando e que todos os clubes estão à venda.

Blazquez comentou: "O grupo está saindo e não sei o que fará", mencionando que "três ou quatro" empresas demonstraram interesse no Genoa.

A reportagem da "Josimar Football" destaca que a A-CAP está tendo dificuldades para vender os clubes, incluindo o Vasco. O principal obstáculo é um processo movido pelo fundo inglês Leadenhall, que entrou com uma liminar nos EUA contra a dissipação de ativos da 777. Dependendo da decisão judicial, a A-CAP pode ser impedida de negociar os clubes.

O único clube da 777 com negociações avançadas é o Red Star FC, da França, que pode ser vendido para Steve Pagliuca, proprietário da Atalanta e parte dos Boston Celtics, da NBA. Além do Vasco, Genoa e Red Star, a 777 adquiriu o Standard Liège (Bélgica), Hertha Berlim (Alemanha), Melbourne Victory (Austrália) e possui uma participação minoritária no Sevilla (Espanha).

A reportagem também aponta que os problemas financeiros da 777 têm impactado os clubes sob sua administração. Em maio deste ano, a A-CAP obteve um empréstimo de US$ 40 milhões (R$ 218 milhões) para manter as operações das equipes, com uma taxa de juros de 46%, concedido por uma empresa do proprietário do Chelsea, Todd Boehly, que não está interessado na compra dos clubes da 777.

Apesar das dificuldades, a A-CAP está apressando a venda das equipes. Segundo a "Josimar", a seguradora aceitou receber imediatamente 66 milhões de libras (R$ 473 milhões) por empréstimos feitos ao Everton, que ultrapassam 200 milhões de libras (R$ 1,4 bilhão). Para isso, a A-CAP concordou em converter o saldo restante em ações preferenciais na venda do clube inglês para o grupo Friedkin.

777 despejada nos EUA

Recentemente, a 777 foi despejada de suas instalações em Miami e Newport Beach por falta de pagamento do aluguel. A empresa enfrenta diversos problemas judiciais. Um tribunal inglês, por exemplo, ordenou a liquidação da filial em Londres, retirando a empresa do controle do London Lions, equipe de basquete que possuía na capital britânica.

Além disso, a 777 Asset Management, onde Pasko é diretor, nomeou um liquidante voluntário na Inglaterra. Outra subsidiária, a EFOA, entrou com pedido de falência nos EUA, e a companhia aérea Bonza, parte do grupo, está sendo encerrada na Austrália.

A reportagem ainda menciona um processo contra a ex-controladora do Vasco, movido pela Obra Capital Management, que acusa a 777 e Steven Pasko de “transferência fraudulenta” de duas subsidiárias para Pasko em novembro de 2023, com o objetivo de recuperar ativos para pagar uma dívida de US$ 20 milhões (R$ 109 milhões). Uma audiência sobre este caso está marcada para 19 de novembro.
 

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