Desde que começou a pensar e trabalhar com carros elétricos, a equipe de professores e bolsistas da Satc, avançou muito. A primeira proposta, de converter um carro a combustão em elétrico, já tem uma cara nova. O Inowattis, o veículo que foi modificado em 2017, passou por uma reformulação completa. Hoje, ele está diferente, mais seguro e já desfila nas principais ruas de Criciúma.
Em 2021, após novos estudos, a equipe do Núcleo Inowattis de Mobilidade Elétrica (NIME) da Satc, remodelou totalmente o veículo. "Refizemos tudo praticamente do zero, para atender às normativas de cabeamento, sistema de potência e inclusão de novas baterias", explica o professor Clauber Marques, coordenador do projeto.
A troca de baterias foi um ponto crucial. Das primeiras, que eram de chumbo ácido e pesavam cerca de 240 quilos, a equipe optou por novas, de lítio, pesando 40 quilos. Além disso, nos primeiros testes o novo sistema de baterias se mostrou muito promissor, possibilitando 50 quilômetros de autonomia ao veículo. O NIME conta com o apoio da empresa Ecovolts no projeto. É ela que fornece a bateria de lítio para que o veículo consiga ter um bom desempenho.
"A Ecovolts, por ser uma empresa que fornece soluções em armazenamento de energia, considera a importância de pesquisas e projetos que incentive o uso da mobilidade elétrica na sociedade. O carro elétrico além de ser um projeto visando a sustentabilidade é também um laboratório para criação de mão de obra qualificada para nossa região e para o nosso setor de atuação", ressaltou o engenheiro eletricista e que atua com projetos da Ecovolts, Elton Costa Gomes.
Nos testes com o Inowattis já foi possível perceber avanços. "Nosso objetivo é tornar o carro mais confiável, garantindo a segurança de quem está conduzindo", pondera o coordenador do Núcleo Inowattis de Mobilidade Elétrica, Adelor Felipe da Costa.
Além de acadêmicos de Engenharia Mecânica, Engenharia Elétrica e Engenharia Mecatrônica, o Núcleo também envolve professores e estudantes do curso técnico de Manutenção Automotiva, que já são preparados para atuar com os carros elétricos ou híbridos. Conforme Marques, aos poucos percebe-se um crescimento na quantidade de carros elétricos que circulam, mas é preciso pensar também nos que são a combustão e que serão convertidos para elétricos, como o caso do Inowattis.