O município de Criciúma apresentou o projeto do Parque Empresarial de Inovação Leonardo da Vinci, durante evento realizado nesta quinta -feira (28/11), no salão Ouro Negro da Prefeitura. O empreendimento é uma iniciativa do projeto Reiventa Cidades, desenvolvido pela Academia de Negócios da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), em parceria com o governo municipal. O modelo de negócio será implementado em três etapas por meio de uma parceria público-privada. O parque contará com infraestrutura de ponta e abrigará áreas de moradia, lazer e inovação tecnológica, que integra diferentes espaços urbanos no conceito de "cidade em 15 minutos", em que tudo o que os cidadãos precisam está ao alcance em poucos minutos. "O conceito deste parque é um sonho realizado após a aquisição da área que abrigará este projeto inovador", afirmou o prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro. O novo modelo de negócios é inspirado pelo contexto histórico da região carbonífera e por pesquisas realizadas em centros de inovação nacionais e internacionais, como o Instituto Caldeira, em Porto Alegre. Salvaro enfatiza que o objetivo nunca foi vender a área, mas criar um ambiente propício para o desenvolvimento de novos negócios.
O evento contou com a participação de autoridades de entidades e instituições que conheceram os detalhes do projeto apresentados pelo gerente de negócios da Academia de Negócios da Fiesc, Alexandre Bevilacqua Meneguetti, e pelo diretor de Inovação e Competitividade da Fiesc, José Eduardo Azevedo Fiates. "O que estamos vendo é um projeto que resulta de uma soma de ideias e experiências adquiridas em outros casos de sucesso”, cita Fiates. "Este parque não é apenas um empreendimento físico, mas um sistema que leva em consideração as características locais para promover o desenvolvimento dentro de um ecossistema de inovação”, completa o Diretor de Inovação.
O Parque Empresarial de Inovação incluirá espaços comerciais, áreas de convivência, estabelecimentos gastronômicos, e um edifício central que combinará cultura e negócios. A infraestrutura ainda abrigará um centro empresarial com duas torres, centro de eventos, hub de inovação, educação, estacionamentos, ciclovias e pontos de ônibus, todos projetados para integrar áreas comerciais e residenciais com infraestrutura moderna. "A proposta é oferecer um local para morar, viver, trabalhar e inovar, tudo dentro do conceito de cidade em 15 minutos, para que as pessoas possam resolver as necessidades diárias rapidamente e com qualidade de vida", explicou o Diretor de Desenvolvimento Econômico de Criciúma, Aldinei Potelecki.
A implantação do parque será realizada em três etapas, que começa com a demolição dos antigos pavilhões da Cecrisa e a regularização da área pelo município. Em seguida, a iniciativa privada será responsável pelos investimentos necessários para transformar o local. Com a infraestrutura avançada, o parque contará com laboratórios de alta tecnologia, centros de pesquisa e espaços colaborativos para atrair startups e empresas focadas em deep techs, para impulsionar a economia local. "Além de ser uma tendência, este modelo de negócios visa promover uma inovação aberta, que une a sociedade civil, universidades e empresas para criar um pólo significativo de desenvolvimento econômico e inovação", afirma o assessor de Desenvolvimento Econômico de Criciúma, Marlon Araújo.
O novo parque será erguido no bairro Próspera, nos antigos pavilhões da Cecrisa. A área foi adquirida da Celesc por R$10,5 milhões, com pagamento parcelado ao longo de 180 meses.