Pode-se dizer que existem dois tigres na Série B: um mais maduro e confiante, que conquista vitórias e, apesar de alguns percalços, faz uma campanha digna de permanência na competição. Esse, joga no Majestoso. O problema é que só a pontuação em Criciúma não basta pra confirmar uma posição digna na tabela: os pontos fora de casa têm o mesmo peso. E fora de casa, o tigre é mais manso e não faz mal aos adversários: a campanha longe do sul catarinense é de vice-lanterna.
Por isso, Wesley, um dos jogadores mais regulares do elenco e titular absoluto com os quatro treinadores que comandaram o Tigre nesta Série B, não tem medo de afirmar: o Criciúma é sim o favorito na partida da próxima terça-feira, às 20h30, no Heriberto Hülse, contra o Brasil. Na coletiva desta sexta-feira, a pergunta foi bem clara e direta: o Tigre é favorito?
"Não tenha dúvida. Dentro da nossa casa, com apoio dos nossos torcedores, a gente tem que começar a mentalizar isso de sermos favoritos. É importante, toda equipe que joga em casa é assim, por que nós também não? Claro, com humildade, mas temos que ter autoconfiança pra administrar da melhor maneira”, não hesitou em responder o volante.
Dentro de casa, foram 19 pontos conquistados, com 5 vitórias; é o equivalente a 71% dos pontos ganhos pelo Tigre na Série B; o clube é o 13º melhor mandante. Fora de casa, por outro lado, são oito pontos, com apenas uma vitória: justamente contra o Brasil, próximo adversário. Wesley é contundente ao afirmar que chegou a hora dos jogadores darem ainda mais resposta dentro de casa. “O torcedor é fundamental. Quando comparece e empurra, não tem nem palavras, os jogadores também se contagiam. Faz com que a gente se sinta em casa, feliz por representar o torcedor. Temos que responder com resultados pra ganhar cada vez mais a confiança deles”.
Relação com Cavalo
Parece mais leve o clima no Majestoso desde que Roberto Cavalo assumiu como treinador, em conjunto com Wilsão. Wesley elogiou a trajetória do novo treinador, que pode ser importante para a arrancada carvoeira na competição. “O Cavalo já passou por bastante situação, é experiente. A gente sabe da história dele. Essa união com o Wilsão vai dar muito certo até para os próximos anos", projeta.
Independentemente da formação, que deve permanecer com quatro homens no meio, o volante prometeu o comprometimento tático e anímico dentro de campo. “Qualquer formação que o professor optar, a gente vai procurar responder da melhor maneira. Temos tido mais êxito nessa formação, temos que fazer o que tá dando certo”, concluiu.