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Jaci Carminati (14/01/2019)

"Lenda da noite criciumense". Assim, o empresário Jaci Carminatti foi apresentado por Mano Dal Ponte e Pity Búrigo no Programa do Avesso desta segunda-feira. Todas as grandes baladas e boates que marcaram época durante 22 anos em Criciúma tiveram a digital dele.

"Fui em 67 viver nos Estados Unidos, saía de Boston para ir a boates lá e me deslumbrei. Fui comprando equipamentos e quanto voltei, em 78, vim determinado a montar uma casa noturna aqui". E Jaci montou. Várias.

"A primeira foi a New York São Simão. Foi uma casa bem estruturada". Dessa época, o primeiro evento. "Foi numa Festa do Vinho em Urussanga. Era meia noite e não tinha ninguém. Íamos desmontar e ir embora. O ginásio ficava a uns 800 metros. Começamos a desmontar e o povo começou a chegar. Foi um evento para duas mil pessoas".

Depois da New York São Simão vieram casas como a Signus, Circus, Aquarius, Extasy, Hipnose e a Metrô, esta última em Florianópolis. "E tive a domingueira do União Mineira por uns sete anos, e que foi um sucesso". Jaci conta que segue na noite. "Tenho uma casa no Rincão, que está renascendo agora", disse, otimista com os novos tempos do balneário.

Foi com ele também que Criciúma ganhou uma casa noturna com telefones nas mesas. "Fui na Intelbrás, eles fizeram uma mesa de 50 canais, eram 50 mesas". Com ele, também, Xuxa Meneghel veio. "Uma dificuldade. Programamos o evento, vendemos ingressos na Casa Nova que patrocinou muita coisa. Na quinta ligou dizendo que não vinha mais. Evento no sábado. E agora?". A reclamação era que a artista teria que viajar de carro de Florianópolis a Criciúma. "A Eliane (cerâmica) nos emprestou o avião. Trouxemos a Xuxa. Fui junto".

Raul Seixas também veio com Jaci. "A Signus lotada e 4 mil pessoas lá fora querendo entrar". Mas foi um contrato problemático, afinal Raulzito já estava em fase difícil. "No playback, só ele no palco. Povo queria ver o Raul". Para os contatos e contratos, eis outro pioneirismo de Jaci. "Eu comprei o primeiro fax de Criciúma".

Era uma vida cansativa. "Não tinha sexta, sábado nem domingo. Tem que gostar da noite". O empresário conta que no passado "tudo era mais difícil. A mídia era no rádio e jornal". E nem sempre tudo deu certo. "Teve alguns shows de perder dinheiro", recorda.

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