O deputado federal criciumense Ricardo Guidi, PSD, fez as contas na ponta do lápis. A aprovação da reforma da previdência precisa de 318 votos na Câmara. O governo Bolsonaro calcula que tem hoje entre 330 e 340 votos. Vantagem estreita. Mas, existem perdas projetadas no campo governista em função de questões especificas da reforma. Por isso, a conclusão do deputado é que a reforma deve passar, mas “retalhada”. Com muitas alterações no texto original.
Para mostrar que a situação é delicada para a reforma, Guidi cita que os blocos liderados por PT e PDT tem pouco mais de 190 votos, e destes, pelo menos 165 votos já são declarados contra a reforma.
O raciocínio de Guidi é realista, está baseado em números, considerando as circunstâncias que estão colocadas no plenário da Câmara.
Quando ele cita que há deputados dos partidos que estão a favor da reforma, mas que estão contra, há um exemplo na região. A deputada federal Geovânia de Sá é do PSDB e questiona o projeto. Como está, ela vota contra. E ela não é exceção.
Há outros favores que influenciam no caso.
O governo Bolsonaro ainda não mandou a parte dos militares para a reforma da previdência. E o Congresso nunca teve tantos militares.
Também tem muito servidor publico com mandato.
A reforma da previdência é a principal pauta do governo Bolsonaro no primeiro semestre de 2019, talvez do ano.
Ela é necessária para permitir o processo de reequilibro das contas públicas.
Mas, para dar o efeito necessário, tem que ser mais no lado de dentro do balcão, nas instâncias de poder. Executivo (do governo federal aos governos estaduais e de municípios), Ministério Público e Judiciário.
O momento exige o fim de todo e qualquer tipo de privilégio.
Alisson ameniza punição
O vereador Alisson Pires, PSDB, teve que pedir licença na Câmara de Criciúma, por determinação do prefeito Clesio Salvaro, PSDB, por não ter seguido a orientação do Paço na votação do projeto que pretendia isenção da Cosip para condomínios.
O prefeito deu prazo até sexta-feira para ele pedir licença. No fim da tarde daquele dia, o prefeito exonerou dois secretários que era vereadores para reassumirem na Câmara, o que representaria a saída de Alisson, porque ele é suplente.
Minutos depois, Alisson entrou com pedido de licença e Salvaro cancelou as exonerações.
Mas, o vereador Alisson não se mostra contrariado. Nem aceita que tenha sido punição. Abaixo, a sua entrevista:
1 - O Sr foi punido por não ter votado contra o projeto da Cosip (se absteve)?
Alisson - Não acredito em punição, até porque não votei contra o governo (imagina os que votaram contra). Não houve fechamento de questão dentro da bancada e como o projeto em questão foi a votação sem passar pelas comissões (houve dispensar de parecer, com o que não concordei), por isso não consegui avaliar todo o impacto (prós e contras) do mesmo. Somos responsáveis pelos projetos votados e as conseqüências. Sempre analiso muito cada projeto antes de votar.
2 -O Sr pensa sair do partido?
Alisson - O PSDB é o primeiro partido ao qual me filiei e atualmente sou vice-presidente da executiva em Criciúma. Pretendo cumprir minhas obrigações com o partido e com as pessoas que acreditam em mim e no meu trabalho, sempre pensando no melhor para Criciuma.
3- O sr será candidato a reeleição?
Alisson - Terei que analisar bem durante esse ano, consultar minha familia e minha base de apoio. Qualquer decisão agora seria muito precipitado.
A lista das prioridades
A Amrec vai reunir hoje deputados da região, junto com Acic, Unesc e CDL, para alinhar as prioridades da região.
A lista será aproveitada pela bancada do sul para trilhar juntos aos governos estadual e federal.
É o principal desdobramento da campanha do voto pelo sul, e do evento realizado pela Unesc, o “Forum Criciúma do Amanhã”.
Empresário piloto
O empresário criciumense André Gaidzinski, agulha mergulhado na carreira de piloto, com a mãe Iara, grande incentivadora, depois da prova de sábado.
Ele subiu no pódio em Interlagos, São Paulo, para receber o troféu de quinto lugar na Porsche Cup, categoria GT3 Cup Challenger 3.8. Recebeu o troféu das mãos da própria mãe!
A próxima prova do circuito é em abril, em Curitiba.
Novo local do Bombeiro
Retirar o corpo de bombeiros de Criciúma de onde está, é necessário. Mas, levar para a avenida Centenário, na frente da Rodoviário, não parece apropriado.
Imaginem a situação.
Seis e meia da tarde, dia de semana, e tem um incêndio em uma casa no bairro Próspera.
Como todos os dias, trânsito é intenso na Centenário naquele horário.
O caminhão do bombeiro vai "trancar" já no portão.
Como é bombeiro, pode ir pela pista do amarelinho. Mas, naquele horário tem muitos amarelinhos circulando, e em seguida o caminhão vai ter que sair da Centenário, na esquina da Timaco, para entrar a direita, e pegar a rua Henrique Lage. Naquele horário, a mais "trancada" de todas.
Mas, quando chegar na frente do posto Avenida, e a sinaleira abrir, vai então fazer o retorno e seguir em direção à Prospera. De acordo com o trânsito, igualmente congestionado.
Resumo: é muito provável que quando o caminhão do bombeiro conseguir chegar chegar no local, a casa já estará em cinzas.
Criciúma tem muitas outras áreas apropriadas para instalação do corpo de bombeiros. Muitas.
Para citar duas: Via rápida e anel de contorno viário.
Agora, tirar o bombeiro de onde está, e enfiar na Centenário, é criar problema novo.
Semana decisiva
A Acic tem alguma carta na manga sobre o Centro de Inovação. É o que vem indicando o presidente Moacir Dagostin. Ele mantém a convicção de que a estrutura vai sair, e com recursos estaduais. O otimismo tem base na lei da inovação, na criação do Fundo Municipal de Inovação e na oficialização, nos próximos dias, na posse do empresário Claiton Galdino Pacheco na diretoria que tratará deste segmento no governo Clésio Salvaro.
Expectativa
Prefeito Dimas Kammer deverá indicar ainda nesta semana o seu novo secretário de Saúde. É a expectativa que ronda os bastidores. A pressão é grande. Há uma evidente divisão, uma fissura no PP que os próximos passos do prefeito indicarão que tamanho tem. Cabe lembrar que a indicação suprirá a baixa de Diego Passarela, que vinha na função. Esse estremecimento começou quando da mal conduzida saída do então chefe de gabinete, o ex-vice-prefeito José Ricardo Junckes, presidente afastado dos progressistas na cidade e afinadíssimo com o ex-prefeito Lei Alexandre, a quem cabe agora, interinamente, o comando partidário. O prefeito andou lançando redes e olhares em direção ao PDT, depois ao PSDB, ofereceu secretaria e pediu apoio, em uma clara tentativa de mostrar uma força externa capaz de atenuar a fervura interna. Tem dificuldades ainda.
Força ao Bairro
O deputado Ricardo Guidi reuniu-se com a direção do Bairro da Juventude. Na conversa, foram lembrados os R$ 100 mil liberados no ano passado, de emenda parlamentar para a instituição. Isso ainda dos tempos de Alesc. Agora em Brasília, Guidi prometeu manter a parceria firme e forte. Motivo de agradecimentos da diretora executiva Sílvia Zanette. Outro dia, a visita do presidente da Fiesc, Mário Cezar de Aguiar, também foi razão de tranquilidade para o Bairro, que segue sólido com seus projetos mas também com a urgência das suas necessidades.