Os dois relatórios da CPI do Criciumaprev vão para o Ministério Público, confirmou o vereador Julio Colombo na Som Maior. Mas o parecer oficial é o do vereador Ademir Honorato que levanta irregularidades da gestão do prefeito Salvaro com o Criciumaprev. O relatório do Ademir Honorato é duro com o presidente do Criciumapev, Darci Antônio Filho. Pelo relatório, o presidente terá problemas com o Judiciário, pela forma como o vereador fez o seu relatório. Agora é com o MP que vai avaliar.
Com relação à nova CPI, o que se pode antecipar é que o Julio Colombo será o presidente, pois o proponente preside. Falta definir o relator, são as duas funções importantes. Pela condição política atual, e como o governo levou uma invertida com essa CPI, o governo cuidará mais da montagem. O representante do PSDB será alguém entre Alison, Geovana, Feuser, e um deles deverá ir pelo partido. Do PSD não será Zairo Casagrande, o PSD tem Salésio e Camila, que são da base do governo. Deverá ser um dos dois. O MDB tem quatro vereadores, três estão na base, só quem não está é Ademir Honorato. O PP teve Paiol que votou com Ademir Honorato, e tem o vereador Miri. Não sei se ele deixará a presidência para ir para a CPI. Tem o PSC e o PRB, da base do governo. Provavelmente o governo terá maioria nessa nova CPI, e tendo maioria o desdobramento será diferente.
De CPI em CPI, vamos tocando o processo político, e tudo isso não vai se decidir agora. Os desdobramentos vão para o Judiciário. Isso não se resolve em dois meses, isso vai demorar, vai replicar, vai produzir desdobramentos a partir do início do ano que vem, depende do entendimento do promotor que pegar esses dois processos.
A aposentadoria dos servidores municipais nunca esteve em jogo, apenas o procedimento administrativo, por improbidade, falha, era isso que estava em pauta, a postura do gestor em relação ao pagamento. Isso pode produzir desdobramentos para o governo, não para os aposentados do Criciumaprev. Somente para o presidente, por não ter reagido à essa questão.
Márcio de saída do PP
Márcio Búrigo deixa o PP depois de 40 anos no partido. Era algo previsto. Pegou o carro, foi a Florianópolis e falou com o senador Amin, comunicou oficialmente a sua decisão de sair do partido. Ele vai para o PL, o antigo PR, e vão organizar o PL na região, vai buscar uma candidatura a deputado em 2022. Márcio saiu do PP magoado, chateado, machucado, pela postura de alguns líderes na eleição de 2016 mas, principalmente, pelo que aconteceu em 2018 quando buscava uma candidatura a deputado e as portas foram fechadas. Ele responsabiliza a direção estadual do partido por isso.
Nos piores momentos do PP, que trocou de nomes tantas vezes, o Márcio Búrigo era filiado, liderança, estava junto, ajudou a organizar o partido. Foi vice-prefeito em uma aliança que ele costurou na época com o prefeito Clésio Salvaro. Teve propostas mas fez a conversa, a costura com Salvaro e construíram o governo e recolocou o PP no poder. Depois, deu o que deu, a gente lembra do rompimento dele com Clésio. Márcio agora vai fazer vida nova, vai buscar novo partido, novo encaminhamento. Mesmo que tenha saído com derrota acachapante da eleição municipal, ele era, tirando Jorge Boeira, a principal liderança do partido em Criciúma. Ele era um dos principais patrimônios eleitorais. O partido vai se recompor, eleger nova Executiva, tem briga interna dura entre os que defendem Miguel Pierini e Paulo Conti. Márcio vai fazer um partido novo, pretende eleger um vereador em 2020 e deputado em 2022.