O deputado federal eleito Daniel Freitas (PSL) foi o grande campeão de votos de Criciúma em 2018, com 27.654 votos para deputado federal. Foi o segundo mais votado do estado para deputado federal, com 142.571 votos no total. Naturalmente, passou a ser especulado como possível candidato para eleição municipal de 2020, sucessão do prefeito Clésio Salvaro (PSDB). Mas, ele rechaça a possibilidade.
Está focado em participar ativamente da campanha de segundo turno para Bolsonaro no país e o Comandante Moisés no estado, os candidatos do seu partido. Está otimista em relação a vitória “tranquila" dos dois. Depois, quer fazer pelo menos dois mandatos de deputado.
“De forma nenhuma, não penso e não vou ser candidato a prefeito”, reagiu de primeira, sem titubear, ao ser consultado sobre possível candidatura local. “Quero me destacar como deputado”, emendou.
A especulação do nome de Daniel é desdobramento natural do tsunami que se abateu na política e que alterou profundamente a correlação de forças e o mapa político.
Em Criciúma, projetando a eleição municipal, depois do 7 de outubro, os primeiros nomes relacionados são os do próprio prefeito Salvaro (candidato à reeleição, e favorito), deputado eleito Daniel Freitas, vice-prefeito Ricardo Fabris (PSD), deputada Geovania de Sá (PSDB) e deputado Luiz Fernando Vampiro (MDB).
Como Daniel disse que não vai, o nome do PSL pode ser o vereador Julio Kaminski, ainda filiado ao PSDB, mas que está saindo do partido desde do ano passado, e foi um dos coordenadores da campanha de Daniel.
Fabris saiu fortalecido da eleição por ter coordenado as campanhas vencedoras dos deputados eleitos Julio Garcia e Ricardo Guidi (PSD).
A deputada Geovania de Sá reafirma intenção de continuar deputada, mas é nome natural no caso de Clésio mudar de planos. Mas, só nessa condição.
Vampiro, deputado eleito com boa votação, trabalho elogiado como secretário de estado, é o nome do MDB, mas precisa renovar e reciclar o partido, se tiver intenção de tentar a Prefeitura.
Resta ainda o segundo turno e os primeiros meses dos futuros governos para consolidar o quadro, mas os primeiros movimentos começam a ser feitos em torno desses nomes.
A desistência de Balsini
O empresário criciumense Oscar Balsini, dono da Betha Sistemas, foi secretário do eventual governo de Gelson Merisio por três dias.
Iria coordenar a área de ciência e tecnologia, que terá foco diferenciado.
Na segunda-feira à noite, dia 8, numa reunião em Criciúma, tudo ficou definido.
Na quarta-feira, dia 10, Merisio revelou durante entrevista na Som Maior, em primeira mão, que anunciaria o primeiro criciumense do seu governo no ato regional que faria na quinta-feira, 19h.
Mas, quando chegou em Criciúma para o evento, quinta à tarde, Merisio foi comunicado por Balsini que estava declinando. Agradeceu, prometeu ajudar como puder, mas não como secretário.
Um dos motivos teria sido aquisição recente de uma nova empresa em Criciúma.
Sem Clésio
Gelson Merisio tentou o apoio do prefeito Clésio Salvaro (PSDB) no segundo turno. Mas, não levou.
O senador eleito Esperidião Amin (PP) se empenhou para isso.
Mas, Clésio telefonou aos dois para informar que não vai assumir nenhum dos dois candidatos no segundo turno para governador e que vai se dedicar ao trabalho na Prefeitura.
Para presidente, vota e apoia Bolsonaro.
Com aliados
Na quinta-feira à noite, Merisio fez encontro em Criciúma com aliados e políticos da coligação que apoia desde o primeiro turno (foto). Estava acompanhado do senador eleito Esperidião Amin (PP). Antes do encontro, os dois caminharam pelo calçadão e o comércio do centro da cidade.
O único
O deputado estadual reeleito Rodrigo Minotto (PDT) participou do evento de Merisio em Criciúma.
Minotto é o único parlamentar eleito da Região Carbonífera da base de apoio a Merisio. O pedetista já anunciou que fará um roteiro no estado na campanha do segundo turno.
Comando da segurança
No primeiro programa do horário eleitoral de segundo turno, Merisio anunciou o comando da Segurança Pública no seu eventual governo. Odair Tramontin, de Blumenau, promotor de Justiça, será o secretário, e Ivan Ziollowski, delegado da Polícia Federal, o adjunto.
No ataque
No início da propaganda eleitoral para o segundo turno, tanto Gelson Merisio (PSD) quanto Comandante Moisés (PSL) partiram para o ataque.
Merisio mostrou a aposentadoria de Moisés, que é de bombeiro militar da reserva, valor de R$ 26 mil.
Moisés vinculou Merisio com a velha política e disse que ele foi relator do projeto na Assembleia que deu título de cidadão honorário para Lula e o mostrou ao lado de Ciro Gomes e Dilma. Disse que o apoio que ele deu a Bolsonaro foi oportunismo.
Apoio de Bolsonaro
Depois da anunciada neutralidade, Jair Bolsonaro assumiu de vez a campanha do Comandante Moisés no encontro que teve com todo os eleitos do PSL, no Rio, quinta-feira.
Ele gravou depoimento para Moisés, que será veiculado no horário eleitoral nos próximos dias.
Além disso, os principais eleitos do PSL e os filhos de Bolsonaro, eleitos senador pelo Rio e deputado por São Paulo.
Sem MDB
Daniel Freitas garantiu ontem à noite: “Não existe nenhuma negociação com MDB para apoio ao Comandante Moises e não terá com nenhum partido; ninguém vai proibir apoio espontâneo, mas o Comandante não vai tratar com nenhum partido”.
Não vai para a Esplanada
O empresário criciumense Ricardo Faria, um dos maiores do país na avicultura, garante que não será ministro da Agricultura no eventual governo de Bolsonaro.
Ele é amigo do presidenciável, está em campanha por ele, mas tem projetos ousados para o setor privado que o impedem que assumir compromissos na gestão pública no momento.
Mas, Ricardo vai participar da definição do futuro ministro.
Decide amanhã
A deputada federal eleita Geovania de Sá (PSDB) vai decidir amanhã o seu voto para o segundo turno na eleição para governador, entre Merisio (PSD) ou Comandante Moisés (PSL).
Ela está ouvindo aliados e reunirá o seu grupo de apoio para tomada de decisão.
No primeiro turno, Geovania estava ligada à coligação que apoiou a candidatura de Mauro Mariani (MDB).
Ela foi a segunda federal mais votada em Criciúma (16.585) e a mais votada para a Câmara Federal na coligação estadual.
Reunidos na Unesc
A reitora da Unesc, Luciane Ceretta, recebeu, nesta sexta-feira, os presidentes de Diretórios Acadêmicos das universidades do Sistema Acafe. Na pauta, foram discutidos assuntos muito importantes para o sistema de universidades comunitárias: fortalecimento das comunitárias, artigo 170, audiências públicas sobre educação, ações articuladas entre todo o sistema. Estiveram presentes alunos desde a Unochapecó até Univille.
Boa notícia
Uma notícia boa para o turismo catarinense. O Governo Federal confirmou ao governador Eduardo Moreira (MDB) a liberação de R$ 20 milhões para obras de contenção de encostas na SC-390, a Serra do Rio do Rastro. A notícia foi dada pelos ministros Carlos Marun, da Secretaria de Governo, Vinícius Lummertz, do Turismo, que é de Santa Catarina, e pelo secretário nacional da Defesa Civil, o também catarinense Newton Ramlow. A princípio estava prevista uma visita na serra, mas um problema na aeronave impossibilitou o deslocamento. A liberação desse recurso vinha sendo solicita há meses por Moreira. A obra dará mais segurança a um dos principais cartões postais do estado.
Na finaleira
O secretário de Estado da Saúde, Acélio Casagrande, segue com seu roteiro de visitas às obras do Hospital Materno Infantil Santa Catarina. Desta vez, esteve acompanhado do procurador da República em Criciúma, Fábio de Oliveira, que ficou entusiasmado ao ver o andamento das obras.