Ontem alguém perguntou: "Ficar falando da redução do efetivo policial na cidade não é entregar o ouro pro bandido?"
E eu respondi que estávamos falando dos movimentos em curso para recompor e reforçar o efetivo.
Mas, poderia ter dito também que a onda de violência se fez na cidade antes disso.
O importante é que para resolver um problema, é preciso falar dele.
Entender as causas e identificar as melhores alternativas para resolver.
Em Criciúma, as causas parecem definidas e o que fazer está identificado.
Agora, é mão na massa.
É articulação e unidade de forças, de todas as forças, para fazer o que é preciso.
A discussão é um passo, mas deve ser apenas o início do caminho.
É preciso resolver o problema do efetivo, e isso é urgente, urgentíssimo.
Mas, também é preciso equipamentos, estrutura reforçada e trabalhar políticas de prevenção.
O cidadão quer se sentir protegido, amparado.
É preciso restabelecer o sentimento, a sensação de segurança.
A insegurança traz o medo.
Uma sociedade com medo fica paralisada, insegura, desconfiada.
O medo afasta uns dos outros.
Precisamos sempre ampliar o debate, garantir a participação de todos, mas é preciso que ações sejam encaminhadas.
O cidadão pagador de impostos precisa observar que ações estão em curso.
Que o seu medo está sendo sentido.
Ele quer ter de volta um dos bens mais preciosos, que é a tranquilidade de ir e vir, para onde quiser, na hora que quiser.
É preciso reagir. Falar, discutir, refletir, reagir e fazer acontecer.
Não se pode começar o dia com informações do tipo:
Joalheria é assaltada, bandidos armados, em plena luz do dia, espalhando terror no shopping;
Ladrões invadem residência em condomínio, amarram e agridem moradores;
Ladrões invadem residência no centro, roubam carro, arrombam cofre e agridem moradores;
Bando armado rende clientes e funcionários de farmácia no Centro;
Ladrões invadem posto de gasolina, roubam dinheiro e carro;
Homem é sequestrado em Criciúma; dinheiro foi transferido via pix.
Criciúma não é assim.
Criciúma é uma cidade pacífica, de povo trabalhador e ordeiro.
É preciso vencer essa onda, passar a fase e virar a página. O mais rápido possível.
O cidadão pagador de impostos quer de volta a sensação de segurança.
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