Na noite de sábado, em Criciúma, a policia militar prendeu um homem em flagrante por ter roubado em uma residência.
O mesmo homem havia sido preso pela PM praticamente uma semana antes, por ter invadido um condomínio para roubar.
Mas, apesar de preso em flagrante, foi liberado.
A propósito, para prendê-lo, uma policial militar teve uma lesão no joelho.
Dois dias depois, o comandante da PM em Criciúma esteve na Som Maior para participar de uma mesa sobre segurança, relatou o fato, e arrematou:
"antes da policial se recuperar da lesão, o criminoso já estava em liberdade e roubando de novo”.
E tem mais:
O mesmo homem, autuado em flagrante no fim de semana e faz 10 dias por roubo em residência, tem nada menos que 30 passagens policiais, 14 por furto em pouco mais de um ano. Ele foi 4 vezes preso em flagrante por furto. Preso e liberado em seguida.
Tudo isso foi relatado pelo próprio comandante da PM.
A mostrar que a solução para os problemas com segurança na cidade passa por aumento de efetivo, mais equipamentos, e novas estratégias, mas também por situações do tipo, que acabam fomentando o sentimento de impunidade.
E a impunidade estimula o delito!
Não adianta a policia militar fazer a sua parte, a polícia civil fazer a sua, se o ladrão preso em flagrante continuar sendo liberado minutos depois.
Não dá para o policial correr atrás de bandido, colocar sua vida em risco, sair ferido, e o bandido, quando preso, nem esquentar na cadeia, sendo colocado de volta na rua em seguida para fazer tudo de novo.
Muitas vezes, o ladrão ainda joga na cara do policial quando é preso que daqui a pouco estará na rua e, não satisfeito, faz ameaças.
O restabelecimento da sensação de segurança aos pagadores de impostos é necessário, inadiável.
Mas, para chegar lá é preciso vencer o sentimento de impunidade.