No auditório do Colégio Marista, Criciúma, durante a entrega da ordem de serviço para obras de macrodrenagem, o governador Carlos Moisés afirmou:
"A revisão de contratos (feita no seu mandato) significa o fim da roubalheira, o fim do desvio do dinheiro público. (...) A prioridade não era gestão, era desvio de recursos públicos".
Mas, de quem ou de que tempo o Governador estava falando?
Dos mandatos passados?
Os últimos quatro mandatos foram do MDB, PSD e PSDB.
Os três partidos estão hoje na sua base de apoio político na Assembléia, e no seu Governo.
Antes deles, foi Governo do PP, que também está na sua base.
A grande maioria dos aliados políticos e auxiliares graduados são destes partidos e participaram dos governos passados.
O governador que o antecedeu, e que passou a "chave" do Palácio, por exemplo, foi Eduardo Moreira, que estava ao seu lado na cerimônia, e que recebeu elogio público do próprio Moisés.
O seu secretário da fazenda, Paulo Eli, foi secretário do governo anterior.
O secretário de educação, deputado Luiz Fernando Vampiro, foi secretário de infraestrutura no governo anterior.
O Governador fez tal declaracão quando perguntado sobre a demora na pavimentação do acesso à Penitenciária Regional Sul, negociada com a comunidade e não entregue faz 10 anos.
O secretário adjunto de justiça da época, que conduziu o entendimento com a comunidade, foi Leandro Lima, hoje secretário de administração penal do estado.
E a secretária de justiça da época era Ada de Luca, deputada aliada, que estava ao seu lado na cerimônia.
Os governadores antes de Moisés foram Luiz Henrique da Silveira, MDB (duas vezes), Ramundo Colombo, PSD (duas vezes), Leonel Pavan, PSDB (por 10 meses) e Eduardo Moreira, MDB (duas vezes, por 10 meses cada).
Antes deles, o governador do estado foi Esperidião Amin, PP.
De quem, ou de qual tempo, Moisés estava falando?
Por fim, Moisés está em campanha aberta à reeleição e quer apoio de todos os partidos que estão no seu governo e que participaram de mandatos passados.
De acordo com ele, "nos tempos da roubalheria e do devsio do dinheiro público".
Soa pelo menos estranho!
Abaixo, trecho da declaração do Governador Moisés em Criciúma, onde faz a declaração citada acima: