O Criciúma recebeu o Caravaggio ontem (12), no HH, em um confronto que marcou o primeiro duelo na elite estadual entre as duas equipes. No jogo, o Criciúma iniciou dominante, fez um bom primeiro tempo e criou chances, mas esbarrava na falta de qualidade e inspiração de seu sistema ofensivo. Abriu o placar em uma bola parada com Rodrigo, mas parou por aí.
O Caravaggio, diante de todas as adversidades, soube sofrer, baixou suas linhas de marcação, competiu ao extremo e chegou ao empate de pênalti com o capitão Henik (melhor jogador da partida). Na segunda etapa, tudo mudou: o Caravaggio, comandado pelo corajoso Luís Carlos Cruz, percebeu que o bicho papão não era tão feio assim e, logo no início, virou o placar para 2 a 1.
A partir daí, viu-se um Criciúma desorganizado, pouco inspirado, com baixa intensidade e sem poder de fogo, e um Caravaggio que se agigantou, competiu no seu limite, derramou a última gota de suor no Heriberto e deixou tudo em campo para merecer a vitória. O Azulão da Montanha fez valer a força e a fé de um povo simples, guerreiro e que crê em milagres, contando com o incansável senso coletivo de um time que não desistiu e não se acovardou. Uma vitória histórica que premia o esforço, a disciplina e a coragem do time do principado do Caravaggio.