"Propus acabar com este absurdo, mas tivemos apenas 4 votos. A quem interessa o ponto facultativo?". Assim, o deputado estadual Bruno Souza (ex-PSB, sem partido), lança um debate nesta segunda-feira, 28, Dia do Funcionário Público, em suas redes sociais. O deputado tentou fazer tramitar na Assembleia Legislativa (Alesc) um projeto para extinguir esse ponto facultativo, sem sucesso.
Em outra postagem, Bruno foi mais contundente. Desejou "Bom dia a todos" menos a quem precisa de um servidor público nesta segunda. "O Estado esticou o final de semana e deu folga para o pessoal em dia útil!", reclamou. Na sequência, a cutucada foi mais forte: "alguém precisa trabalhar pra sustentar pontos facultativos!".
A emenda para extinção dos pontos facultativos foi apresentada em maio na Alesc. No mesmo pacote, ele apresentou uma segunda ideia, que estabelecia critérios mais rigorosos para concessão de auxílio-combustível a servidores. Bruno Souza calculou, na ocasião, que o Estado gastava R$ 38 milhões ao ano com combustível para 769 funcionários. Nenhuma das propostas avançou.
Cabe lembrar que em Criciúma o prefeito Clésio Salvaro editou, na semana passada, um decreto no qual suspendeu a concessão do feriado do Dia do Funcionário Público. Enfrentou duras críticas do sindicato dos trabalhadores, mas manteve a decisão. Alegou o secretário de Governo, Vágner Espíndola, que a decisão de acabar com essa folga já estava tomada havia meses.
“O dia do servidor público é comemorado e reconhecido, mas não é um feriado nacional. Para a surpresa do prefeito, quando foi feito o decreto no início do ano, não se ateve à este dia. Foi depois que os municípios de Lauro Muller e Siderópolis decretaram que seria um dia normal que o governo, juntamente com os secretários, decidiu revogar o dia do servidor público, mas sempre reconhecendo-os”, disse o secretário.