Há dez dias de completar 22 meses da sua inauguração, a Via Rápida está consolidada como o melhor e mais rápido acesso de Criciúma à BR-101. Mas vem sofrendo as consequências de uma entrega apressada, com a obra ainda por terminar.
A mais emblemática das pendências - fora as discussões sobre desapropriações - é a falta de iluminação. E de presença da Polícia Militar Rodoviária (PMRv) no trecho. A iluminação depende da Celesc, que está nas burocracias das tratativas para, conforme a promessa, iluminar os dez quilômetros de rodovia até março do ano que vem. Mas os movimentos ainda são tímidos e muito mais de bastidores do que gestos concretos.
Sobre a PMRv, ela só poderá tomar posse efetivamente do trecho quando a rodovia estiver oficialmente estadualizada. Enquanto isso, motoristas sofrem com insegurança.
Houve aquele ataque de bandidos na manhã passada, quando um condutor trafegava no sentido Içara-Criciúma e foi atacado nas proximidades do viaduto sobre a Rodovia Antônio Darós. Cercaram, anunciaram o assalto e levaram um Peugeot 308 preto. Deixaram o motorista ali, a ver navios. Em plena luz do dia.
E teve uma tentativa ontem à noite. Por volta das 21h, o funcionário de uma empresa viajava pela Via Rápida com uma Saveiro quando percebeu um ataque. Os assaltantes arremessaram uma pedra ou algo do gênero contra o para-brisa, que resultou trincado, conforme a foto comprova. De pronto, o condutor, assustado, ouviu gritos de "pára, pára" e, claro, não desacelerou. Pelo contrário. Foi além dos 80km/h que empreendia até então. Escapou por pouco de mais um ataque no mesmo dia, na mesma rodovia.
Urgente iluminar, urgente patrulhar a Via Rápida.