Em 9 de julho de 2016 a tocha olímpica visitou Criciúma. Em um revezamento, ela passou de mão em mão como parte da programação de envolvimento do Brasil e dos brasileiros com os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Na ocasião, uma placa foi confeccionada e resultou em denúncia. O Ministério Público (MP-SC) investigou e indicou por punição ao prefeito Márcio Búrigo (PP) ao presidente da Fundação Municipal de Esportes (FME), Renato Valvassori. A denúncia era de campanha eleitoral antecipada, já que os nomes de Márcio e Valvassori constavam na placa. Eles racharam o pagamento de uma multa de R$ 9,2 mil.
O assunto voltou à memória política nesta terça-feira, 7, quando do compartilhamento de uma foto de Valvassori ao lado do deputado federal Ricardo Guidi (PSD) em frente à placa de inauguração do Parque Centenário Altair Guidi, descerrada nesta segunda-feira, 6. O ex-presidente da FME é, atualmente, assessor do parlamentar.
Muitos lembraram do ocorrido com Valvassori e o ex-prefeito Márcio em 2016, levantando a pergunta: e a placa de agora - ela é bem grande, por sinal - é passível de denúncia e punição ao prefeito Clésio Salvaro e aos demais citados na mesma? Trata-se de uma boa discussão sobre limites que os anos eleitorais colocam aos que pretendem concorrer. Cabe lembrar que 2016 era ano eleitoral, Márcio foi candidato e perdeu para Salvaro, que agora tentará um novo mandato. Márcio anda fora do circuito, já nem pertence mais ao PP e aspira uma candidatura a deputado estadual pelo PL em 2022. Valvassori nem concorreu naquela eleição.