Em 2019 é pra valer. O Araranguá Esporte Clube voltará ao futebol profissional. O jovem presidente Felipe Sasso, de 31 anos, comanda uma diretoria de 20 apoiadores mais conselheiros. São 35 patrocinadores entre os parceiros da camisa e os colaboradores com placas e outros incentivos. Até um ônibus foi comprado. "Vamos precisar de R$ 200 mil para pagar a taxa da FCF e R$ 35 mil para inscrição na CBF", revela. A meta, na Série C do Catarinense em 2019, é montar um time de R$ 30 mil a R$ 100 mil mensais.
O técnico Geraldo Spricigo vem comandando o time já faz algum tempo. Liderou a conquista do Regional da LARM no ano passado. Agora, orienta a transição para o profissional. "A Série C é sub-23, então esse ano já vamos começando a colocar jovens no elenco para nos adaptar", explica. Com ele, na foto abaixo, o goleiro Fabiano Borges, que já defendeu o Criciúma, fez carreira pelo Brasil e, de volta a Araranguá, vem atuando pelo seu time de infância desde o ano passado. "E ano que vem vou estar aqui. Quero participar desse recomeço", garantiu, mesmo que hoje já esteja com 40 anos.
E o AEC tem torcedor símbolo, claro. É Cleiton Michels, o Flaec. Ele tem todas as camisas do Araranguá desde 1982 até 95, na última temporada profissional da equipe. Quando o time voltou no amador, em 2014, ele foi atrás das peças que faltavam para incrementar a impecável coleção, que ele exibe com orgulho. "Essa aqui é a de 91, do primeiro título da Copa Santa Catarina", aponta, na foto. Emoldurada em uma parede do Ninho da Arara, a sede que o AEC inaugurou faz poucos dias, está a camisa que Flaec doou, autografada por todos os jogadores do bicampeonato da Copa Santa Catarina em 92. Mas por qual razão ele é apelidado de Flaec? Essa e muitas outras curiosidades da volta do Araranguá a gente conta na página 37 do jornal A Tribuna desta quinta-feira.
Na foto abaixo, a Arena Poliesportiva em construção, um investimento de R$ 4 milhões com verbas federais e apoio da prefeitura. A meta é terminar a obra em dezembro para o AEC já mandar seus jogos no campo novo no ano que vem.
E parabéns ao Araranguá pela impecável organização. Volta com tudo para seguir a meta traçada pelo diretor Marfrank Carradore, que tão bem nos recebeu com todos os demais dirigentes na tarde passada na Cidade das Avenidas: "queremos sair da Série C já em 2019, quem sabe uns dois anos na Série B e jogar a Série A do Catarinense em 2022". Vale o sonho. Eles merecem.