Em 2010, Argel estreou no Criciúma em um 5 de maio. Contra o Brusque. No Heriberto Hülse. Copa Santa Catarina. O Tigre perdeu, 3 a 1. Esses dias, Argel lembrou dessa partida em um bate papo conosco no Heriberto Hülse. "Lembra, Denis. Que fase dificil aquela", recordou. "Mas a gente trabalhou um monte e terminamos o ano bem. Lembra?". Lembro, Argel. Menos de seis meses depois o Tigre saía da Série C do Brasileiro, para nunca mais voltar.
Em 2018, Grizzo estreou no Criciúma em um 28 de janeiro. Contra o Brusque. No Augusto Bauer. Assumiu numa pedreira danada. Três dias antes, o Tigre havia tomado 3 a 0 do Tubarão e o técnico Lisca havia caído. Até então auxiliar, Grizzo assumia como o interino que foi ficando. O Criciúma perdeu, 2 a 1. Ainda teve forças de buscar um empate no segundo tempo com Maílson, mas não segurou. Conversei com o Grizzo outro dia sobre esse jogo.
Logo, há uma pedra no sapato em comum entre os dois logo mais no Heriberto Hülse. Agora, com Argel como técnico, Grizzo como auxiliar e o Brusque de novo do outro lado. No ataque deles, Hélio Paraíba, que já jogou no Tigre. O Criciúma estreia Marlon na lateral esquerda, tem Zé Carlos mais ambientado, não conta com Maílson lesionado e o clima é de decisão. "O Brusque é adversário direto", lembra Argel. "Se a gente ganhar, trocamos de posição com ele". De fato, o Tigre é sétimo com 13, o Brusque é sexto com 16. Ganhar será um passo importantíssimo para espantar esse fantasma de rebaixamento. Afinal, o Tigre chegará aos 16 pontos, e faltarão duas vitórias para o objetivo de não cair.
Sobre essa pedra no sapato e esse confronto - o Brusque só ganhou duas vezes na história aqui, uma delas justamente na estreia de Argel -, a gente conta mais no jornal A Tribuna desta sexta-feira. Confere lá!