Desde a chegada de Argel Fucks, o Criciúma contratou sete jogadores. Seis são da cota do treinador. E isso admitido por ele mesmo. "Sim, eu pedi esses seis, e dos seis cinco estão jogando". Argel refere-se a Zé Carlos, Marlon, Sueliton e Fábio Ferreira, que vieram durante o Catarinense, Liel e Nicolas, que chegaram para o Brasileiro.
Mas teve outra contratação: o volante Leandro Melo. "Ele é uma contratação política", contou o treinador. Como assim, política? "Ele é da região, a esposa dele é da cidade, a família também. E ele gostaria de encerrar a carreira no Criciúma", emendou. "Mas ele é um cara de grupo, não tem problema de vaidade, está nos ajudando muito e quer ser útil. Mas não era uma prioridade nossa, foi uma escolha da diretoria".
De resto, Argel disse na conversa conosco ontem à noite no Papo de Bola, na TV Litoral Sul, que precisaria de "no mínimo mais quatro reforços". "Um zagueiro, um segundo volante, um centroavante e um atacante de velocidade". Se pudesse trazer um só reforço, qual seria a prioridade número 1? "Um zagueiro", responde. Sinal que Argel está preocupado com a reposição de Sandro e Fábio Ferreira. Hoje ele dispõe de Nino e, de resto, Christian e Jacy Maranhão. É pouco mesmo, em experiência e número, em se tratando de um campeonato pesado como a Série B.
Mas o técnico está realista sobre a vinda de mais jogadores. Não tem ninguém à vista, ninguém a caminho. "Está difícil", aponta, citando o orçamento limitado e a falta de opções no mercado. Argel lembrou que, no adversário de amanhã, o Guarani, a dupla de zaga estava entre os nomes indicados por ele para possíveis contratações. "O Éverton Alemão foi destaque do Campeonato Gaúcho, fez cinco gols pelo São José, e o Edson, o outro zagueiro, fez um grande Campeonato Paulista pelo Mirassol". Como o Criciúma não conseguiu traze-los, hoje os dois formam a dupla defensiva titular do Guarani e estarão do outro lado nesta terça.