A chegada da delegação em Jaguaruna deu o tom do que estava por acontecer. Argel foi o primeiro a desembarcar. Surpreendeu até os oito torcedores que foram protestar, tanto que ele passou batido, sem maior repercussão. Quando Argel, ainda em Campinas e após a derrota para o Guarani, perguntou “se o time tem o tamanho do campeonato”, indagando a falta de qualificação do Campeonato Catarinense para o Brasileiro, a senha estava dada. O treinador estava de saída.
Ele assume a culpa, aponta dificuldades e elogia o presidente. Confira na entrevista que Argel concedeu para A Tribuna assim que terminou a reunião de ontem.
A Tribuna – Porque você saiu?
Argel Fucks – Foi tranquilo. Conversamos eu, o presidente, o Nei, eu repeti que sem contratar, não tem perspectiva. E com esse time não adianta, esprememos tudo. Se não qualificar vai ficar difícil.
AT – Foi um acordo então?
AF – Foi. Eu não pedi demissão nem fui demitido. Foi um acordo legal, bacana, respeitoso. Eu já tinha colocado o cargo à disposição ontem (terça) após o jogo. Daí o presidente pediu que eu pensasse mais, aí eu avisei que sairia caso empatasse terça. Mas conversamos de novo e achamos melhor eu sair agora.
AT – A relação com os jogadores estava difícil?
AF – Pergunta para eles. Eu não via isso, via eles correndo, brigando, sempre protegi os caras.
AT – Qual a sua culpa nessa campanha?
AF – É total. A responsabilidade é minha. Se o time perde cinco jogos, a culpa não é dos jogadores, é do técnico. Fui bem claro, assumi a culpa. Só tem um responsável, eu.
AT – Você disse que o time não acompanhou o campeonato...
AF – É, conseguimos salvar no Catarinense, mas o campeonato aumentou de dimensão e o nosso time perdeu dois titulares, o Barreto e o Dodi. A briga é para não cair agora.
AT – O presidente está assustado?
AF – Normal. Quando cheguei no Catarinense amigos me disseram para não vir, que era bronca, mas eu gosto do difícil. O presidente foi muito legal comigo.
Argel no Criciúma
Em 2018
14 jogos
5 vitórias
2 empates
7 derrotas
40,4% de aproveitamento