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Cinzas da Cristalcopo x Brasil do STF

Por Denis Luciano 23/03/2018 - 11:30 Atualizado em 23/03/2018 - 11:33

Sempre é tempo de valorizar os corajosos empresários decentes do Brasil. Afinal, empreender com essa carga escorchante de impostos e com toda a sorte de dificuldades que o Brasil impõe é digno de reconhecimento. E investir vai além das raias da coragem. E imagine fazer isso quando uma das suas empresas é abatida por um violento incêndio. Eis o que está, com muita força de vontade, fazendo o Anselmo Freitas.

Empresário reconhecido pelo arrojo, o Anselmo deu uma aula hoje pela manhã no papo conosco no Jornal das Nove na Som Maior. Das cinzas da Cristalcopo de Içara, sacode a poeira e dá a volta por cima. Acabou de comprar uma nova unidade no Rio Grande do Sul. Está lá agora pela manhã, em Osório, conhecendo a sua nova fábrica de descartáveis. E avança para a próxima. Anunciou que foi entregue à prefeitura de Forquilhinha, no começo do mês, projeto para instalação de uma nova unidade da Cristalcopo nos limites do vizinho município com Criciúma, para começar gerando 50 e chegar a 100 empregos. A energia barata fornecida pela Coopera chama a atenção do empreendedor, e falta o sinal verde do prefeito. Vindo esse aval, o terreno já está preparado e não demora sobem as paredes, monta-se a estrutura e vai trabalho pela frente.

Mas de tudo isso fica uma preocupação para Içara. Freitas não garantiu a reabertura da fábrica incendiada em Içara. Na segunda-feira começa a remoção dos entulhos do incêndio, hoje a seguradora faz as últimas vistorias no local. Está sepultada a chance de uma multa de R$ 60 mil ameaçada outro dia pela Fundai por conta dos impactos ambientais do sinistro, mas o empresário comentou que os estudos a serem feitos apontarão a viabilidade de reabrir ou não em Içara. São mais de 100 empregos ali gerados. Há um retorno de impostos. A cidade não pode perder isso. 

Em contraponto, mudo de assunto não mudando. Para dizer que falta sintonia ao Brasil no tanto que ele faz ou deixa de fazer. Enquanto uns lutam para gerar empregos, ganhar também (claro, é do capitalismo) mas dividir riqueza, multiplicar, outros engatam a marcha ré constantemente. É o que fez o Supremo Tribunal Federal ontem, no patético "conclave" que, como bem definiu hoje um lustrado membro do Judiciário em Criciúma, "o STF reuniu-se para decidir. Mas decidiu que antes precisava decidir se podia decidir e decidiu que podia. Porém, decidiu não decidir mesmo podendo decidir. E então decidiu que vai decidir outro dia. Mesmo assim, decidiu que o TRF 4 não pode decidir nada antes da decisão do STF". O Judiciário que julga conforme o julgado é o molde dessa sociedade das desigualdades. Refleti a respeito no Jornal das Nove hoje, tá no link abaixo. Ouve ali! Bom dia.

 

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