O protesto é bem humorado, mas a razão é muito séria. Um buraco da Rua Mário da Cunha Carneiro, no Bairro Pio Corrêa, está coberto por um cone. Bem no centro da pista. Nele, um cartaz improvisado avisa: "Rodovia Criciúma - Tókio: início das obras".
Acontece que o cone ajuda a disfarçar o sério problema que ali se esconde. O asfalto está oco. Espiando por ali, você observa o subsolo corroído pela erosão e uma superfície perigosa, cuja extensão do buraco não está no alcance pleno dos olhos. Pode ser imensa a cratera que, mesmo mediana, aponta para o risco de engolir a rua.
"É que esse buraco leva de Criciúma a Tóquio", brincou um cidadão que ali passava ao nos ver, sem disfarçar a preocupação.
O obstetra aposentado Júlio Manfredini passava por ali quando fizemos o flagrante, faz pouco, e conferiu de perto. "Perigoso isso afundar e um carro cair ali", confirmou.
Sem brincadeira, o risco é grande. A rua, pequena, liga em mão única o entorno do Colégio Marista à Rua João Cechinel. É uma região movimentada e repleta de prédios, residencial. A prefeitura precisa agir, logo.