Tudo corria bem, o jogo era movimentado, faltavam dois minutos para terminar o primeiro tempo. Eis que alguém invadiu a arena do Balneário Rincão - algo nada difícil, basta levantar a rede e correr - e a confusão estava feita. Durou 33 minutos de bola correndo a decisão do Praião 2018 entre Praia do Rincão e Ajax de Siderópolis na manhã deste domingo. Na invasão, um jogador do Ajax - o visitante, já que o Praia joga o Praião em casa - foi acertado na cabeça. Depois de mais de 20 minutos de paralisação o árbitro José Nazareno Marcelino ainda conseguiu, a muito custo, convencer os dois times a voltar à partida.
Porém, com a falta de segurança e o clima pesado, o pessoal do Ajax resolveu bater em retirada. "Vamos embora. Não tem segurança. Não vale a pena arriscar a vida de um pai de família aqui por causa de um jogo", afirmou o presidente Tinho. O time foi embora. Abandonou a partida. Eles alegaram falta de garantia mínima de segurança. A organização ofereceu segurança privada, mas a Polícia Militar (PM), que garantiria a ordem, até apareceu, mas ficou fora da arena e não quis entrar lá.
A lamentar. O Praião é uma grande tradição, um torneio sensacional, um encontro espetacular dos nossos melhores jogadores que fazem o futebol amador nos gramados durante o ano e, na temporada, vão se exibir na areia. Mas há muito que o Praião requer uma nova perspectiva. Como disse o prefeito Jairo Custódio em uma entrevista à Rádio Hulha Negra, que fazia a cobertura da partida, é momento de afastar um pouco mais a torcida, criar uma divisória mais consistente e garantir a presença efetiva da PM. Assim, desse jeito, não tem mesmo como ter campeonato.
Na bola rolando, o Praia vencia por um 1 a 0, gol do zagueiro Tijolo. O diretor de esportes do Balneário Rincão, Edmilson Braz, o Negão do Braz, comentou que uma reunião dos organizadores vai determinar o futuro do torneio. Ao que tudo indica, a taça será entregue ao Praia, embora os protestos do Ajax. A aguardar.