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Direção do Criciúma pede apoio à GA

"Não tenho um segundo Jaime Dal Farra, um segundo Antenor Angeloni", diz vice-presidente

Por Denis Luciano 10/03/2019 - 15:32 Atualizado em 10/03/2019 - 16:33

A direção do Criciúma convocou uma entrevista coletiva para esta tarde, pouco antes do jogo contra a Chapecoense. De pronto, foi comunicado que nada se trataria sobre contratações do treinador e do diretor executivo de futebol, prioridades do clube após as dispensas recentes de Doriva e Nei Pandolfo.

Estiveram na Sala de Imprensa Clésio Búrigo o vice-presidente de Administração, Arlindo Rocha, o vice-presidente de Finanças, Valcir Montovani, e o presidente do Conselho Deliberativo, Carlos Henrique Alamini.

"Essa coletiva vem da direção. Estamos tentando preservar a GA e o presidente Jaime Dal Farra. O Criciúma pensa parecido com a torcida e quase igual à nossa torcida. O nosso saco enche, mas precisamos ter tranquilidade, sabedoria e entendimento, enxergando o que está errado", disse Rocha, que falou em nome dos dirigentes.

Em um longo pronunciamento, Rocha elencou o trabalho da GA e a separação de funções entre a empresa parceira e a direção do clube. "Esse modelo de gestão é muito próximo de um arrendamento, GA tem a direção de todo o ativo e passivo, temos investimento de mais de R$ 20 milhões anuais, arrecadação que pouco supera os R$ 7 milhões, essa diferença é de responsabilidade do gestor. o presidente do clube é o mesmo dono da GA. Esse modelo parece um pouco diferente mas foi aceito pelos sócios e tem vigência até 2022 com multa estabelecida de R$ 10 milhões. Logo, nem o clube, nem a direção, nem arrendatário, torcida nem imprensa querem o mal do clube", apontou.

O pedido de unidade entre torcida, imprensa e em torno do clube e da GA foi realçado. "Tem muita gente que não quer o sucesso do Criciúma. Todas as forças positivas não podem deixar contaminar o nosso ambiente de trabalho. O futebol não é tratado pela direção e Conselho, isso é condição do contrato com a GA, é de responsabilidade da GA e do presidente Jaime Dal Farra. Precisamos de ajuda, contamos com a imprensa e esperamos contar muito mais. Aceitamos a crítica para construir e não enfraquecer. O Criciúma está muito bem administrado do ponto de vista patrimonial e econômico. Mas estamos descontentes também", enfatizou.

Rocha deixou uma certa crítica ao modelo de gestão do Criciúma do ponto de vista jurídico. Cabe lembrar que, além de prefeito de Maracajá, ele é dos mais conceituados advogados da região. "Discutimos esse modelo há muito tempo. A minha vinda é para modernizar e corrigir as distorções. Isso numa relação civil seria o locador e o locatário, nunca vi no mundo jurídico, foi uma construção feita para possibilitar o negócio, e que está continuando. Não se confunda clube, gestor e GA. Estamos aqui representando o clube enquanto instituição, e o clube precisa ser elevado, precisa ser preservado".

Arlindo Rocha na eleição e posse com Valcir Montovani, Jaime Dal Farra e Vilmar Casagrande

O vice-presidente destacou que "estamos propondo a abertura de um canal direto com o torcedor, para levar as opiniões diretamente com a GA. E o canal com a GA somos nós, opinando até sobre a demissão do técnico. A GA está nos dando essa abertura e estamos zelando". "Essa nossa iniciativa diz respeito a registrar, de vez, que a direção do clube, o clube enquanto Criciúma é um, a GA é outra, enquanto clube precisamos ter a união de todos, conversar com todos, a GA não. A GA precisa cuidar do futebol e dar resultados. Nós temos que cobrar da GA. Estamos todos juntos, não há diversidade, isso precisa ser bem esclarecido. Torcedor, imprensa, investidores, comunidade, venham, vamos nos abraçar, vamos nos fortalecer, ninguém é mais forte que todos juntos"

No principal momento da fala, Rocha enfatizou que o Criciúma não tem outra opção atual a não ser a GA e o presidente Dal Farra. "Eu não tenho um segundo Jaime Dal Farra, um segundo Antenor Angeloni. Se houver um rompimento desse contrato nesse momento, e não ouvi falar disso, o que vai acontecer com o Criciúma? Não conheço ninguém que tenha uma proposta melhor ao Criciúma que a GA. O presidente Dal Farra está aberto a qualquer proposta".

Ficou no ar uma certa dúvida sobre o real objetivo da fala. Talvez, um pedido de trégua da torcida e das críticas da imprensa, em momentos em que torcedor organiza protestos até com arrecadação de recursos para outdoors pela cidade. Enquanto isso, o time vai de técnico interino e sem executivo de futebol encarar a Chapecoense daqui a pouco pelo Catarinense.

Ouça a entrevista do vice-presidente Arlindo Rocha no podcast:

 

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