Em tempos em que o Criciúma espia desconfiado para a zona de rebaixamento, é importante uma lembrança histórica: dos cinco grandes, só o Criciúma nunca foi rebaixado dentro de campo no Catarinense. Figueirense e Avaí caíram e jogaram a Segundona. Joinville e Chapecoense despencaram mas, por caminhos diferentes, livraram-se da dureza de jogar em Gaspar, Tangará, Sombrio e outros lugares, como os da Capital tiveram que encarar.
Em 86, enquanto o Criciúma era campeão estadual com sobras, o FIgueirense desabava para a segundona depois de acirrada briga com o Ferroviário de Tubarão. Jogou a Segundona em 87, encarou Araranguá, Tupy de Gaspar, Caçadorense, Ipiranga de Tangará, Blumenau e outros até retornar à elite. O poster abaixo, publicado na época no Diário Catarinense, é prova da "façanha" alvinegra.
Em 92 o Avaí foi vice-campeão contra o Brusque, e os dois caíram juntos no ano seguinte. Na Série B estadual de 94 os avaianos tiveram que encarar Xanxerense, Flamengo de Florianópolis, Laguna, Sombrio e outros. Voltou.
O JEC caiu em 2007, mas foi salvo pelo regulamento. Encarou uma Divisão Especial, um atalho disfarçado. Num quadrangular, passou por Próspera, Videira e Camboriuense e voltou à Primeira no mesmo ano. Em 2010 quem caiu foi a Chapecoense. Teria que jogar a Segundona em 2011 mas foi salvo pelo Atlético de Ibirama. Ao desistir do Catarinão, abriu a vaga para os verdes. "A Chapecoense comprou aquela vaga", lembrou outro dia Argel Fucks, o técnico do Criciúma.
Mas Argel e Luiz, o goleiro e líder do atual elenco do Tigre, combinam em uma lembrança: "time grande cai sim". Detalhes destas lembranças e do alerta dos dois na página 29 do jornal A Tribuna desta segunda-feira.