"E os terrenos no Rincão? O terreno da minha mãe vira depósito de lixo, com restos de construções, folhas, galhos de árvores, dá de tudo. Depois, recebemos notificação da prefeitura para limpar, inclusive com multa". O desabafo do médico Luís Augusto Borba, na manhã desta segunda-feira, 20, chama a atenção para um problema recorrente do Balneário Rincão: o abandono de lixo em terrenos baldios.
Caso recente, e que está exposto para quem quiser ver, encontra-se em uma das margens do Acesso Sul. Quem passa o Bali Hai, pouco adiante da placa que indica o limite entre Içara e Rincão, à esquerda de quem vai para a praia, há uma clareira imunda. Nela, montanhas de entulhos dos mais diversos, restos de móveis, pedaços de armários (e armários inteiros). E repousam ainda sofás e poltronas velhas e até o que já foi um aparelho de TV. Daquelas grandes, pesadas, de tudo. Uma verdadeira vergonha.
Em tempos de campanhas de consciência ambiental, os imundos que isso fazem são de uma conduta deplorável. Seria muito bom identificar e punir exemplarmente. A simplória constatação de que não há locais adequados para esse descarte já justifica o espírito dessa gente. Óbvio que o poder público precisa assumir a função de estruturar pontos de apoio para tais coletas, mas isso jamais justifica a criminosa atitude de descartar seja onde for. Isso é coisa de irresponsável. E um péssimo visual em um dos acessos ao Rincão, em tempos de resgate e crescimento da praia. Condenável.