Há uma semana, no estádio Heriberto Hülse, encontrei o diretor Júlio Remor, que cuida do marketing e comercial do Criciúma, pouco antes de a bola rolar no jogo contra o Figueirense. Ele estava otimista com a perspectiva de renovar o contrato de patrocínio com a Caixa Econômica Federal. Reconhecia a dificuldade, falava em uma chance um pouco maior e usava como argumento o bom feedback da gerência regional.
"Eles mostraram com dados que fizeram bons negócios graças ao patrocínio no Criciúma". Em suma, o clube confiava na ideia de que esse retorno positivo, com negócios prospectados a partir do investimento no Tigre - que nem era tão alto assim perante às fortunas repassadas a outras equipes - poderia sensibilizar a Caixa.
Ocorre que a mídia nacional vem sendo enfática, e parece que a pá de cal veio resumida, sem floreios, e enfática nesta quarta-feira. "Caixa não vai mais patrocinar clubes de futebol", mancheteou O Antagonista. Portal de bastidores, bem informado.
Diz a nota, assinada pelo jornalista Cláudio Dantas, que "Pedro Guimarães (presidente da Caixa do governo Bolsonaro) bateu o martelo e a Caixa Econômica Federal não vai mais patrocinar clubes de futebol. Os últimos patrocínios vencem em março e não serão renovados".
Assim, lá vai o Criciúma ao mercado para a difícil missão de tentar um novo patrocínio master. "Não é fácil arrumar por aqui um parceiro com esse porte", reconhecia, já na quinta passada, o diretor Remor quando indagado sobre opção em caso de fracasso com a Caixa. Afinal, eram R$ 120 mil mensais. O contrato já venceu. Logo, esse dinheiro não entra mais no caixa. Difícil lembrar a última vez que o Tigre teve tão poucos patrocinadores de camisa. A situação é complicada. A receita caiu.