Depois do impasse dos últimos meses, o Hospital Materno Infantil Santa Catarina (HMISC) respira ares mais tranquilos na sua gestão e na relação com o Governo do Estado. Resolvido o problema de contrato - desde dezembro o HMISC recebia 70% do valor total de contrato -, outubro é o segundo mês em que caem no caixa os R$ 3,2 milhões integrais. "Agora ficou tudo ajustado", comemora o secretário de Saúde de Criciúma, Acélio Casagrande.
Por outro lado, a tensão está no Hospital São José. Ficou consolidada a perda de mais de R$ 1 milhão ao mês do repasse do Estado, por conta da nova Política Hospitalar Catarinense. O modelo entrará em vigor em janeiro e já vem agitando os bastidores do hospital. O secretário Acélio compreende que não há como contornar a situação agora. Ele ouviu das autoridades estaduais da saúde que o repasse ficará menor mesmo ao menos no primeiro ano, quando o pacto será reavaliado.
"O São José vai ter que buscar outras fontes, vai ter que compensar essa perda com a prestação de mais serviços. O hospital tem capacidade para isso", pontuou.
Enquanto isso, Acélio já prepara para o primeiro semestre do ano que vem a inauguração da segunda UPA de Criciúma, a UPA do Rio Maina. E em paralelo vem tratando do seu futuro político. Desfiliado do MDB assim que assumiu a Secretaria de Saúde - ele era um dos históricos e mais antigos do partido na cidade - Acélio passou a ser mapeado por diversos partidos pensando na eleição de 2020. Ele não diz que sim, nem que não sobre futuro político. E não nega uma possível nova filiação em março, para credencia-lo às eleições. E admite que vem conversando com o prefeito Clésio Salvaro. "Conversamos muito, sim". Há quem diga que Salvaro quer manter Acélio no radar para possiveis composições futuras, embora seja sabido que o nome de Ricardo Fabris pelo PSD está consolidado para a reedição da dobradinha ao Paço em 2020. Mas Acélio está ali, no circuito, para entrar em campo.