Tempos de bastidores agitados no PSL. Em nível federal, a queda de braço pela liderança do partido na Câmara agitou a noite passada. Aliados do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) apresentaram uma lista com 27 nomes, o que seria suficiente para ele destituir o atual líder, Delegado Waldir (PSL-GO). A bancada tem 53. Em seguida, o grupo do deputado Waldir, na tentativa de manter o posto de líder, apresentou outra lista, com 33 nomes.
No meio disso, surgiram informações a respeito do posicionamento dos catarinenses. A bancada federal teria rachado na escolha, com os deputados Caroline de Toni e Coronel Armando assinando com Eduardo Bolsonaro - ou seja, com o presidente Bolsonaro -, e os deputados Daniel Freitas e Fábio Schiochet avalizando a manutenção do atual líder, que por sua vez seria alinhado ao comando nacional do PSL, do presidente Luciano Bivar.
Na raiz do impasse, a desavença pública entre Bolsonaro e Bivar. Esse racha do PSL traz naturais reflexos aos estados. Schiochet estar com o candidato de Bivar à liderança na Câmara é uma leitura natural de um grupo do qual pertence o governador Carlos Moisés e o próprio Schiochet, que é o presidente do PSL catarinense. Mas e Daniel Freitas? O deputado criciumense é extremamente fiel a Bolsonaro, votou sempre com o presidente e possui constante e forte discurso por ele.
A postura de Daniel Freitas, de Schiochet e a situação do PSL federal e estadual pautaram postagens (sempre polêmicas) do deputado estadual Jessé Lopes. Hoje, no Twitter, Jessé disparou contra eles e lançou a deputada federal Caroline de Toni como sua candidata à presidência estadual do PSL. Abaixo, as postagens:
A mudança na liderança do PSL na Cãmara ainda não está definida. As listas de assinaturas estão com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que é a quem cabe a decisão sobre troca de líderes. Por Santa Catarina, embora o apelo do deputado Jessé, não há qualquer indicativo de mudança na presidência estadual do PSL. Schiochet, ungido por Carlos Moisés, segue firme.
A tarde desta quinta reserva outro agito no PSL federal. A deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), alinhada de primeira hora de Bolsonaro, está deixando a liderança do governo no Congresso, por decisão do presidente. A função está passando para o senador Eduardo Gomes. Detalhe, ele é do MDB de Tocantins. A razão da troca esquenta mais ainda os bastidores: é que Joice assinou lista de apoio ao Delegado Waldir, para ele continuar líder da bancada. Promessa de mais barulho por aí...